MEUS PARCEIROS

sábado, 14 de janeiro de 2012

SOU CONTRA A PALMADINHA

“Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo” (Pv 19.18)

Recentemente o projeto de lei que proíbe qualquer tipo de castigo físico em crianças e adolescentes, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora segue para a tramitação e aprovação no Senado. O projeto prevê que pais que castigarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. Prevê ainda uma mudança do novo Código Civil, retirando o dispositivo que não pune pais, responsáveis e educadores pelas palmadas pedagógicas. Esse projeto tramita no Congresso Nacional desde 2003 e é popularmente conhecido como a Lei da Palmadinha. Ele abre a discussão sobre o castigo corporal que se dá à criança como forma de educação e proíbe até mesmo a famosa palmadinha.

A história está recheada de exemplos do uso do castigo corporal como forma de educar. Em Esparta, as crianças eram surradas para que, principalmente os meninos, se tornassem guerreiros fortes e destemidos de dor ou qualquer outro sofrimento. Na cultura hebraica os filhos rebeldes eram castigados fisicamente e se não se corrigissem eram levados aos sacerdotes e apedrejados até a morte (Dt. 21.18-21). Da segunda metade do século XX para cá psicólogos, psiquiatras e educadores se debatem alegando que o castigo físico produz vários males no futuro adulto. Mas não há um consenso entre os profissionais que estudam o comportamento humano.  Há o grupo que condena peremptoriamente toda e qualquer correção física e há o grupo que entende que, na dosagem certa, o castigo é produtivo.

Sou contra a palmadinha. De fato ela não leva a nada. Entendo que a educação deve partir de um coração que ama. Pais que amam seus filhos irão educá-los a maneira bíblica e usar o castigo físico como último recurso, e não como o primeiro. Uma coisa é espancar, ter acesso de raiva, ter descontrole emocional, ter ira na hora de educar. Outra coisa é ter o domínio da situação, estar sereno, saber o que está fazendo e com firmeza e ternura educar o filho. E somente usar a “vara da disciplina” quando todos os recursos educacionais já se esgotaram. A Bíblia não faz apologia da violência contra os filhos. Ela apenas orienta a maneira correta de educar. Inclusive quando diz que é para usar a vara ela adverte que não seja a ponto de matar (Pv 19.18). Completa dizendo que aquele que não usa a disciplina física aborrece ao seu filho, mas o pai ou mãe que ama o filho, cedo o disciplina (Pv. 24.13).

O grande problema está na falta de obediência à Palavra de Deus. Filhos que nunca foram corrigidos com amor e com a vara da disciplina, cedo ou tarde serão corrigidos pela dureza da vida. Há um ditado popular que diz: “se o pai não disciplina, o mundo o fará”. É melhor ser corrigido por alguém que ama do que ser corrigido pela frieza do mundo.

Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

sábado, 7 de janeiro de 2012

O QUE MUDA EM 2012?

“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras” (Apocalipse 2.5)

Falar sobre mudanças é muito mais cômodo do que enfrentar um processo de mudança pessoal. Por isso, Tolstói foi certeiro ao dizer: “Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo”. É tão bom e confortável falar que o mundo precisa de mudanças, mas como é difícil olhar para dentro e dizer: eu preciso mudar! Minha vida precisa mudar!

Jesus não começou a seu ministério dizendo: Roma precisa mudar! Tampouco começou sua pregação dizendo: Herodes precisa mudar! Começou pregando: “Arrependei-vos e crede no Evangelho”. Arrependimento na língua grega é “metanóia” – mudança de pensamento, de atitude, de convicção! O arrependimento é a porta de entrada para o processo de mudança na vida cristã. Porém, trata-se de um processo e não de um ato instantâneo. O Cardeal Newmann dizia sempre: “Viver é mudar, e ser perfeito (maduro) é ter mudado muitas vezes”.

Um dos grandes problemas com o nosso cristianismo é que confiamos em Jesus para nos levar para o céu, mas não confiamos nele para mudar o nosso caráter. Existem muitas razões que explicam isso: mudar muitas vezes é um processo doloroso, além disso, novos hábitos levam tempo para que estejam estabelecidos em nossa vida. Outra razão para não mudar é que é difícil encarar a verdade sobre nós mesmos!

Mas, se Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente, você pode confiar e contar com ele para mudar aquilo que precisa ser mudado na sua vida! Ele mudou o fanático e obstinado Saulo de Tarso! Ele transformou o ignorante e volúvel Pedro. Ele salvou o corrompido e desprezado Zaqueu!

Porque Jesus é o mesmo, nós podemos mudar! Podemos mudar com a graça de Deus. Para um passado de erros, Jesus oferece seu perdão! Para o presente de fraqueza, ele oferece seu poder! Para um futuro cheio de preocupações ele oferece sua promessa: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.

Feliz 2012!

Rev. Valdinei Aparecido Ferreira
Pastor da Catedral Evangélica de São Paulo
(1ª IPI de São Paulo)