MEUS PARCEIROS

sexta-feira, 25 de abril de 2008

PRECISA-SE DE LÍDERES

Se você saísse nas ruas perguntando: Qual é o melhor exemplo de líder que você conhece atualmente? Que nomes surgiriam nas respostas? Possivelmente teríamos João Paulo II, Bill Clinton, Kofi Annan, Hugo Chaves, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Bernardinho, Felipão, entre outros. Mas uma analise, ainda que superficial, sobre estes líderes ou outros, mostraria que eles seguem o modelo egocêntrico de liderança. Em outras palavras, a preocupação é ser o mais importante, é ser líder acima de tudo.

Parece que este tipo de liderança tem influenciado a igreja de nossos dias. Bastar uma rápida verificação sobre quem são os líderes evangélicos em destaque na mídia hoje, para se constatar que, infelizmente, eles também querem se destacar como os mais bem sucedidos, buscam os benefícios e privilégios da posição que possuem.

Por está razão precisamos recuperar o modelo bíblico de liderança. A Bíblia dá muitos exemplos de líderes, sendo que Jesus é o modelo para todos os líderes. Ele possuía poder, sabedoria e compreensão, mas sua liderança foi marcada pelo serviço. Jesus, através do seu ministério, exemplificou o que é liderar com o coração. Ele é um modelo do líder-servo. Mas será que as idéias de líder e de servo são compatíveis? Como se identifica um líder-servo?

No livro “Liderando Com O Coração”, Michel Mack, afirma que o líder acima de tudo, tenta naturalmente controlar as coisas e as pessoas, tomando decisões rápidas e dando ordens. Ele é impelido a liderar e tem uma relação de posse com a liderança, se acha dono dela. Também não gosta de reuniões com muitas pessoas, nem de conselhos e não sabe lidar com críticas. Sente-se ameaçado na sua posição. Já o servo acima de tudo, só assume a liderança se for a melhor maneira de servir o outro. Ele é chamado para servir e vê a liderança como um ato de amor e vez de domínio. Se encontrar uma pessoa melhor que ele como líder, divide a responsabilidade ou acha outra área para servir. Gosta de reuniões com várias pessoas, de conselhos e é aberto a criticas. A opinião de outros o ajuda a servir melhor.

Como se vê precisamos urgentemente de líderes, de líderes-servos! Homens e mulheres segundo o coração de Deus! Cristãos convictos de que foram chamados para anunciar o grande amor de Deus que liberta o homem da escuridão (1Pd 2.9). Cristão dispostos a liderar pessoas ajudando-as a encontrar o seu melhor em Jesus. Cristãos que tenham um coração voltado para Deus, cheio de humildade e desejo de servir. Cristãos que queiram ser modelo para outras pessoas.

Precisa-se de líderes! Você pode preencher uma das vagas. Quer se candidatar?


Rev. Ezequiel Luz

quinta-feira, 17 de abril de 2008

TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO

Depois disso olhei e vi uma multidão tão grande, que ninguém podia contar. Eram de todas as nações, tribos, raças e línguas. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro, vestidos de roupas brancas, e tinham folhas de palmeira nas mãos. (Apocalipse 7:9 NTLH)

Fez muito sucesso entre nós uma música escrita por Jorge Benjor e gravada por Byby do Brasil, cujo refrão diz: “todo dia era dia de índio”. Em uma das estrofes o compositor afirma que “antes que o homem aqui chegasse, as terras brasileiras eram habitadas e amadas por mais de 3 milhões de índios, proprietários felizes da Terra Brasilis”. E continua sua canção dizendo que “agora eles só tem o dia 19 de Abril”.

Você sabe como surgiu esta data? Estudiosos dão conta que em 1940, no México, realizou-se o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Durante o evento, os participantes escolheram 19 de abril como o Dia do Índio. Daí em diante a data passou a ser comemorada em todo o continente americano. Três anos depois (1943), o então presidente Getúlio Vargas assinou o decreto nº. 5.540, determinando que o Brasil, a exemplo dos outros países da América, comemorasse o Dia do Índio em 19 de abril.

Muitas vezes estas datas comemorativas escondem a realidade vivida pelos homenageados. Não é diferente com o dia 19 de abril. Em nosso país existem, mais ou menos, 220 nações indígenas. Cada uma tem seu idioma, sua cultura, seu jeito de ver o mundo. Algumas vivem isoladas, outras em grandes cidades e muitas lutam para preservar suas terras e suas tradições. A maioria dos povos indígenas vive em condições subumanas. A expectativa de vida ao nascer dos indígenas brasileiros é de apenas 48 anos, sendo que na região Amazônia, a expectativa de vida é menor ainda, 42 anos.

Passados 500 anos de convivência, nem sempre pacifica, o índio continua sendo pouco mais do que um mito brasileiro. O Brasil ainda trata seus nativos como mero entrave ao avanço da civilização. Por esta razão, nós que somos cristãos, que cremos que Jesus veio para salvar o homem de todas as tribos, raças e nações, temos que levantar um clamor intercedendo em favor dos povos indígenas. Devemos orar e agir para que eles tenham acesso à saúde, educação, trabalho e também acesso ao evangelho de Jesus Cristo.

E, um dia, segundo a graça de Deus, estaremos juntos com nossos irmãos indígenas, formando a grande multidão, que diante do trono do Cordeiro, dará ao Senhor Jesus toda honra e toda glória, pelos séculos dos séculos. Amém!

Rev. Ezequiel Luz

sexta-feira, 11 de abril de 2008

TRANSBORDANDO ESPERANÇA

Tendo eu voltado, eis que à margem do rio havia grande abundância de árvores, de um e de outro lado. (Ez 47:7)

Uma professora de lingüística costumava dizer aos alunos que quando a gente fala revela o número do RG e do CPF. O que ela queria dizer é que ao fazer uso dos recursos da língua, o falante revela a si mesmo, seus desejos, expectativas e o sonhos. Foi isso que aconteceu com a Secretaria de Evangelização da IPIB ao escolher a frase “Rio Branco Trasbordando Esperança”, para promover a “Campanha Nacional de Missões” deste ano. A palavra transbordar associada a rio nos remete a idéia de períodos de cheia, quando a quantidade de chuvas faz os rios transbordarem ultrapassando os limites impostos pelas margens. Quando ouvi a frase pela primeira vez fiquei com a impressão de que a expectativa, consciente ou inconsciente, da SMI era de ver o alvo estipulado sendo ultrapassado.



Portanto foi com muita alegria que li a notícia de que no dia 10, quinta feira, no Escritório Central da IPI do Brasil, todos os funcionários se reuniram para um momento especial de oração. O motivo? O Presb. Pedro Henrique dos Santos, administrador geral da igreja, comunicou que a campanha tinha ultrapassado o alvo de R$ 100.000,00. As ofertas levantadas em nossas igrejas, até então, atingiram a importância de R$ 100.353,27. Todos esses recursos serão encaminhados para a construção do templo da IPI do Brasil em Rio Branco, no Acre.



Nós, que contribuímos com a campanha, também temos motivos para louvar e agradecer a Deus. Ultrapassar o alvo é uma manifestação da Graça de Deus. Manifestação que deve animar todos nós que sonhamos com o crescimento equilibrado de nossas igrejas sem a necessidade de abrir mão de nossas tradições. Devemos trasbordar confiança em Deus que é poderoso para fazer mais, muito mais do que pedimos ou pensamos conforme o seu poder que opera em nós (Ef 3.20,21).



Neste momento a IPI do Brasil pode ser comparada a um rio. Rio que está transbordando esperança. Esperança de que Deus, em sua infinita graça, usará o projeto Semeando como instrumento para plantação de novas igrejas e fortalecimento das existentes. Esperança de que é possível edificar uma igreja crescente que seja Cristã, Calvinista, Presbiteriana e Brasileira. Amém!




Rev. Ezequiel Luz

sexta-feira, 4 de abril de 2008

CAMINHANDO E ORANDO E SEGUINDO A JESUS

Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. (Lc. 24.15)




Quantas vezes você já entrou em crise por que não dedicou tempo para orar? Isto acontece porque nosso conceito de oração é estático e posicional. Ou seja, só consideramos momento de oração quando entramos no quarto, fechamos a porta e ajoelhamos. Não consideramos a possibilidade de orarmos enquanto estamos em movimento. Orar no ônibus, no avião, no trem, no metrô, no escritório, na oficina, na escola, durante o trabalho doméstico, não vale. Não estou descartando a necessidade de momentos a sós, de isolamento para nos ajoelharmos e derramarmos nossa alma diante de Deus. Mas muitas orações são feitas, sem que percebamos, quando estamos a caminho.



Vejam o caso dos discípulos que voltavam de Jerusalém para a cidade de Emaus. Os dois conversavam sobre os últimos acontecimentos da capital. Estavam envolvidos com a notícia de sexta-feira. Mesmo sem saber quem era o viajante que se juntou a eles no caminho, Cleopas e seu companheiro falavam com Jesus. Foi um momento de oração e de exposição da palavra. Jesus explicou todas as passagens das Escrituras Sagradas que falavam dele, iniciando com os livros de Moisés e os escritos de todos os Profetas. Quando chegou à casa dos discípulos Jesus fez menção de continuar a caminhada, mas os dois insistiram em oração. “Fique conosco porque já é tarde, e a noite vem chegando”. Então Jesus entrou, assentou-se a mesa com os dois, e ao partir o pão os olhos dos discípulos se abriram e, então, perceberam que Jesus estava ali, diante deles.



Este episódio nos oferece uma lição importantíssima. Em nossa caminhada diária, mesmo sem ter consciência da presença de Jesus, nos debatemos com diversas questões. Mas quando, em meio as nossas atividades, oramos pedindo que ele fique conosco, nossos olhos da fé são abertos e tomamos consciência da sua presença em todos os momentos do nosso dia-a-dia. Recordamos que em vários momentos o nosso coração se aquecia porque Jesus estava falando e ensinando através das pessoas e das circunstâncias ao nosso redor. Assim, caminhando e orando e seguindo a Jesus, vamos construindo uma vida de oração.



Que neste terceiro domingo de Páscoa, tomemos consciência de que Jesus, morreu, foi sepultado e ressuscitou. Ele está vivo e caminha com cada um de nós no caminho de Emaus de nossa existência. Amém!




Rev. Ezequiel Luz