MEUS PARCEIROS

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

E A MULHER FICARÁ SÓ

Segundo notícia veiculada pelo telejornalismo da Rede Globo, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que no Brasil há mais mulheres que homens. A proporção é de 95 homens para cada 100 mulheres. Mas não era pra ser assim, visto que nas maternidades nascem 5% mais de meninos do que meninas. Então porque existem mais mulheres?

A pesquisa do IBGE aponta também para algumas explicações. Uma delas é que as mulheres são mais resistentes às doenças e, portanto, vivem mais. Outro motivo, e talvez o principal, é que a maioria dos homens são as maiores vítimas da violência, sobretudo na juventude. Os jovens do sexo masculino estão quatro vezes mais expostos a situações violentas no trânsito, no envolvimento com drogas ou em homicídios. Pesquisadores afirmam que em cada dez homicídios no Brasil nove são de homens.

Diante de um quadro assustador como esse há quem não fique indignado, inclusive a Igreja Cristã. O fenômeno da violência entre os jovens já é muito conhecido, mas com certeza nunca foi tão explícito como nos últimos anos. As causas também são conhecidas: ausência de religiosidade, impunidade, emocionalismo, materialismo, miséria e educação precária. Todas originadas no pecado. Em todos os estudos sobre violência urbana se constata que a maioria das vítimas é formada por jovens pobres, solteiros, sem religião e que cresceram longe do pai.

Não é mais possível aceitar a passividade da Igreja diante das injustiças, das desigualdades, da miséria e do descaso com a educação. Temos nesta pesquisa do IBGE dados importantes para definir a atuação da Igreja em nossos dias. Ela deve atuar profeticamente, denunciado todas as formas de pecado que geram a violência. Deve apoiar à família, especialmente aquelas menos favorecidas. Deve proporcionar ao jovem um ambiente que o leve a adorar a Deus, mas ter os pés no chão. Os jovens precisam de estímulos para estudar, trabalhar e desenvolver valores como o amor, perdão, respeito aos outros e a vida.

Se a igreja não mudar sua postura passiva, ela será conivente com a violência que dizima os homens agora, e, será também responsável pela solidão das mulheres quarenta anos mais tarde.




Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A CRISE DO GRAMPO

"Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons". (Provérbios 15:3)


Desde que a revista Veja divulgou o diálogo grampeado entre o Senador Demóstenes Torres (DEM, GO) e o Presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes que não se fala em outra coisa. Uma crise se instalou no governo e derrubou a cúpula da Agência Brasileira de Informação (Abin) e, também, provocou uma disputa entre este órgão e a Policia Federal. Quem fez o grampo? Com autorização de quem? Os aparelhos que a Abin possui podem ou não fazer interceptações telefônicas? Por lei, a agência é proibida de fazer grampos. Então o grampo foi ilegal? Estas são as perguntas que os parlamentares estão fazendo. Ninguém mais está preocupado com a Operação Satiagraha em que a Polícia Federal, após quatro anos de investigação usando grampos telefônicos, prendeu o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o empresário Naji Nahas. Todos acusados de desvio de verbas públicas e crimes financeiros.

Possivelmente a sociedade ficará sem respostas sobre o escândalo das privatizações, do mensalão e sobre quem pode grampear quem e por quê? Não teremos a “firmeza da verdade”, significado em sânscrito da palavra satiagraha. Uma coisa já se sabe. Todas as autoridades, políticos, funcionários públicos, executivos não estão livres do grampo. Até nós, simples mortais, podemos ter nossos telefones grampeados. Basta fazer uma pesquisa na internet para descobrir que qualquer pessoa pode adquirir aparelhos com tecnologia para interceptar conversas telefônicas e e-mails.

Diante desse quadro a pergunta que se faz é quem tem medo do grampo? Você tem medo de ter suas conversas interceptadas? Eu não tenho. Quem quiser me grampear, fique a vontade. Não tenho segredos a esconder. Quem tem medo pode conseguir evitar o grampo comprando aparelhos que bloqueiam a interceptação.

Mas há um grampo do qual ninguém escapa. A Bíblia ensina claramente que diante dos olhos do Senhor estão todos os seres humanos. Ele vê tudo o que fazemos e ouve tudo o que falamos. Você pode estar em qualquer lugar, falando ao telefone, ou navegando na internet que ele vê e ouve tudo. Deus vê o que acontece em toda parte; ele está observando a todos, tanto os bons como os maus. Você pode se livrar do grampo dos homens. Pode tomar todos os cuidados para que ninguém descubra o que você está fazendo. Mas lembre-se do que Jesus disse: “Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido” (Lc 12:2).
Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A SINDROME DO BAIACU

“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo”(Fp 2.3).


Se você é pescador ou convive com alguém que adora uma pescaria, certamente já ouviu falar no baiacu. Esse peixe, também conhecido por peixe balão, não tem nenhum valor, exceto por treinar a paciência de quem pesca. Com muita freqüência ele provoca o pescador roubando-lhe a isca. Além disso, é um peixe feio, com uma boca grande e o corpo coberto por uma pele enrugada. Mas ele tem uma atitude no mínimo curiosa. Se você o vira de barriga para cima e começa a fazer uma espécie de cócegas ele incha até se transformar em uma bola.

Nos relacionamentos encontramos pessoas que agem como o baiacu. Um pouco de elogio, de massagem no ego e elas ficam inchadas. Adotam uma postura de grandeza, uma aparência imponente, mas não há nada de substancial nelas, apenas ar. Esta atitude pode assumir proporções mais sérias, como no caso da igreja de Corinto. Paulo exorta-os pela tolerância em ralação a uma imoralidade sexual tão grande, que nem mesmo os pagãos seriam capazes de praticar. Em vez de se entristecerem estavam ensoberbecidos (1º Co 5.1, 2). Este é um caso típico que revela imaturidade de um povo. Quando deveriam chorar de tristeza, lamentar o pecado estavam orgulhosos. Deus deseja que sejamos edificados em Cristos e não ensoberbecidos.

Como cristão qual deve ser a nossa atitude constante? O texto de Filipenses deixa claro que não devemos fazer nada por interesse pessoal ou por desejos de receber elogios. Ao contrario, devemos agir sempre com humildade, considerando os outros superiores a nós mesmos. Se levarmos estas recomendações a sério, não ficaremos inchados, não agiremos como baiacus.
Termino esta pastoral com uma citação atribuída a Jonh Bunyan, autor do conhecido livro O Peregrino. “Quem está embaixo não precisa ter medo de cair, quem é fraco não tem orgulho; quem é humilde há de ter sempre Deus como seu guia”. Fomos criados para glorificar a Deus e não a nós mesmos. Portanto cuidado com a síndrome do baiacu.





Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A VERDADEIRA LIBERTAÇÃO

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8:32)


Um dos fatos históricos mais importantes para o nosso país é a Independência do Brasil. Assim denomina-se o processo que culminou com a emancipação política do Brasil do reino de Portugal, no início do século XIX. Oficialmente, a data adotada é 7 de setembro de 1822, quando ocorreu o episódio chamado "Grito do Ipiranga", às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo). Segundo a história oficial, o Príncipe Regente D. Pedro, em viagem de Santos para São Paulo, recebeu uma carta de Portugal que anulava a Assembléia Constituinte criada por ele e exigia sua volta imediata para a metrópole. Diante dessa notícia, puxou a espada e bradou perante a sua comitiva: "Independência ou Morte!". Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal só reconheceu a independência do Brasil depois do pagamento de 2 milhões de libras esterlinas, pagos através de um empréstimo disponibilizado pela a Inglaterra.

Hoje, 186 anos depois nosso país experimenta avanços tecnológicos que geram bens de consumo facilitadores do nosso dia-a-dia. Passa por reformas sociais e políticas que trazem mais liberdade de expressão. Rompe com paradigmas e tabus introduzindo a vida de maneira mais racional, sem as algemas do misticismo e da superstição. Tudo isto somado, traz conforto e alívio para a consciência do povo brasileiro.

Diante de todas estas conquistas, poderíamos concluir que hoje o brasileiro encontrou a verdadeira libertação, encontrou o sentido para viver. Entretanto é enganoso afirmar que conquistas humanistas trarão ao homem a verdadeira libertação. Apesar de vivermos em tempos de facilidades jamais vividas na história da humanidade, permanecem ainda os mesmos empecilhos que por gerações vêm assolando as pessoas: o medo, a angústia, a solidão, a tristeza, a depressão, a exaustão.

Para encontrar a verdadeira libertação é preciso recorrer a alguém que, fora deste pacote pós-moderno em que vivemos, poderá nos resgatar e libertar. Esse alguém é Jesus Cristo. Ele disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Eu sou o Caminho; a Verdade e a Vida”. Somente em Jesus há verdadeira libertação.




Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz