MEUS PARCEIROS

quarta-feira, 6 de março de 2024

A ORQUIDEA E A IGUALDADE DE GENERO


Há alguns anos dei uma orquídea para a minha esposa em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Uma planta com flores lindas. No primeiro ano as flores caíram e mesmo assim minha esposa continuou cuidando dela. No ano seguinte, no primeiro dia de março, ela estava cheia de botões e na semana da mulher ela estava florida novamente. Desde então todo ano no início de março ela começa a florir e sempre com mais flores que no ano anterior.

Essa orquídea é um sinal que nos lembra de algumas situações. Remete-nos ao início do nosso amor, aos problemas, lutas, dificuldades e as alegrias, vitórias e boas experiências. Hoje conseguimos perceber como nosso amor amadureceu. Faz-nos lembrar de que minha esposa é uma mulher sensível, guerreira, lutadora e que deve ser tratada com dignidade, respeito amor e carinho para florir. Também, nos lembra de que sou um homem parceiro, amante e incentivador. Não sou superior, dominador, carrasco, com direitos especiais. Sou um ser humano tanto quanto minha esposa e, portanto, com os mesmos direitos e deveres.

Vamos comemora mais um Dia Internacional da Mulher. Esse dia surgiu no final do século XIX e início do século XX para marcar as lutas femininas por melhores condições de vida, de trabalho, e de direito sociais e políticos como direito ao voto. A luta por igualdade de gênero ainda se faz necessária. Mulheres e homens devem lutar para que tenhamos uma sociedade em que homens e mulheres tenham liberdades para fazer suas escolhas, usufruindo das mesmas responsabilidades, direitos e oportunidades. 

Espero que esse ano as comemorações sejam mais floridas e com mais conquistas do que o ano passado. E, enquanto existir no mundo mulheres tratadas como seres humanos de segunda categoria, temos que lutar e cuidar para que a orquídea do dia 8 de março tenha mais flores, até o dia em que não haverá mais necessidade de um dia especial para as mulheres.

Parabéns a todas as mulheres pelo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.


Rev. Ezequiel Luz

Pastor da IPI do Brasil


sábado, 24 de junho de 2023

AMARE HUMANUM EST

“Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. (1ª Jo 4.8)

 

O filme “Orações para Bobby” é inspirado em uma trágica história real. Ao confidenciar ao irmão mais velho que talvez fosse gay, Bobby, com 16 anos de idade, passa a ser alvo da mãe cristã, devota e conservadora. Ela promove campanhas de orações para tentar curar seu filho. Mas apesar das orações intensas, e das conversas com o filho ela não consegue a cura gay e, ao contrário, leva o filho a uma depressão cada vez mais profunda até que ele tira a própria vida. A perda do filho fez a mãe presbiteriana perceber a situação terrível que havia submetido seu filho e a atitude rancorosa em ralação aos homossexuais. Depois de muitas leituras e estudos ela passa a ser militante dos movimentos em favor dos direitos dos homossexuais, e descobre um Deus que é amor e capacita o ser humano a amar.

A frase em latim que dá título a esta reflexão significa amar é humano e é uma adaptação de um provérbio latino famoso; “errare humanum est, que significa errar é humano. O título estabelece uma relação entre o ser humano e o amor. Nós, humanos, temos inerente a nossa natureza, a capacidade de amar o próximo. Mas ao olhar ao nosso redor e tomar conhecimento de tanto, ódio, violência, rejeição, preconceitos constatamos que o ser humano tem um “defeito”, que os cristãos chamam de pecado. Este “defeito” leva o ser humano ao ódio e a violência. Não amar, o ódio, a violência contra o próximo é pecado. No Brasil, a cada 29 horas uma pessoa LGBTQIA+ é assassinada, motivada pelo ódio e pelo preconceito. Muitos cristãos rejeitam pessoas desse grupo, não acolhem e não permitem a elas o direito de expressarem o amor e a fé em Jesus, essa atitude sim, é pecaminosa.

O mês de junho é tido como o “Mês do Orgulho”. Tudo começou na década de 1960, quando as leis dos EUA oprimiam a população LGBTQIA+, deixando-a excluída dos processos de socialização. Em 28 de junho de 1969 houve uma serie de manifestações que ficou conhecida como a ‘Rebelião de Stonewall”. É o início do movimento moderno pelos direitos humanos da comunidade LGBTQIA+ e, na mesma época, foram criados vários movimentos sociais para acolher e amparar essa população. Assim, o dia 28 de junho ficou estabelecido como o “Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+”.

Portanto, seria apropriado que nós cristãos, aproveitássemos esta data para refletir sobre nossa atitude, levando em conta que Deus é amor e que a falta de amor é pecado. A exemplo da mãe de Bobby percebamos o mal que causamos com nosso preconceito e julgamento aos homossexuais. Estudos recentes revelam claramente que a Bíblia não é heteronormativa e que a homossexualidade não é pecado. Vamos respeitar, acolher, amar e permitir que a comunidade LGBTQIA+ expresse o amor é a fé em Jesus.

Rev. Ezequiel Luz


sexta-feira, 1 de abril de 2022

A MENTIRA QUE OPRIME

 

Dia 1º de abril! Porque esse dia é considerado o Dia da Mentira? Esse dia está relacionado a mudança do Calendário Juliano pelo Calendário Gregoriano em 1582, a pedido do Concilio de Trento da igreja Católica. Com a instituição do novo calendário feita pelo papa Gregório IX, o inicio do ano que era no dia 1º de abril passou para o dia 1º de janeiro. As pessoas desinformadas comemoravam o novo ano no dia 1º de abril e eram zombadas, ridicularizadas e sofriam chacotas e brincadeiras por aqueles que sabiam da mudança do calendário. Mas apesar dessa origem bucólica, a mentira é nociva. Não deve ser comemorada, mas sim repudiada. Nesse espaço quero falar da mentira que a sociedade impõe sobre certas pessoas oprimindo-as.

Fui criado, como a maioria, em uma família patriarcal, machista, heteronormativa e homofóbica. Mesmo antes de aparecer o termo homofobia eu alimentava a ideia de que a homossexualidade era uma disfunção da sexualidade humana gerada em ambiente familiar desestruturado ou por meio de abusos sexuais na infância. Até que participei de um evento sobre pastoral para homossexuais. O objetivo do evento era mostrar aos heteros e aos homossexuais presentes a possibilidade de cura dessa disfunção. Conversando com alguns gays e lésbicas que estavam no encontro descobri que a maioria não era oriunda de famílias desajustadas e nem resultado de abuso sexual na infância.

Resolvi pesquisar o assunto e descobri que a homossexualidade não é pior e nem melhor que a heterossexualidade, apenas uma expressão da sexualidade humana. Deixei de ser homofóbico, passei a ouvir com afeto e respeito a luta de pessoas da igreja que sofriam com a tentativa de mudar a sua própria natureza. Ouvi homem casado, com filhos que sentiam atração sexual por outros homens. Outro que queria ajuda para contar a família que ele não era o que eles pensavam. Uma jovem que veio estudar na minha cidade e orava incansavelmente para que Deus colocasse no seu coração desejo e atração por meninos. Estava apaixonada por outra menina da igreja e desconfiava que ela sentia o mesmo. Apesar de orar e orar a situação não mudava. Pessoas que viviam uma mentira opressora que é imposta pela sociedade patriarcal, heteronormativa e machista em que vivemos.

Recentemente conversei com dois jovens que eram crianças quando os conheci na igreja. Relataram-me a angustia que sofreram na tentativa de serem aceitos como gays que eram. Mas foram rejeitados pela igreja e hoje eles têm dificuldade de crer em Deus em função dessa experiência traumática. Fiquei pensando na quantidade de jovens que vivem uma mentira para serem aceitos. Eles precisam de uma igreja que os acolha, que entenda que o mandamento maior é o amor. Uma Igreja que os ajude a se libertar da mentira e expressarem a fé em Jesus sendo o que eles são. Uma igreja liberta do fundamentalismo, acolhedora e libertadora. Uma igreja que ame a pessoa humana.

 

Rev. Ezequiel Luz


sábado, 11 de dezembro de 2021

A BIBLIA E O COMPORTAMENTO EVANGÉLICO

 

“Façam coisas que mostrem que vocês se arrependeram dos seus pecados” (Lucas 3.8a)

 

Já estamos as portas de mais um final de ano. Domingo é o terceiro do Advento. Período litúrgico que chama a Igreja a preparar-se para o Natal e também a refletir sobre a utopia escatológica do Reino de Deus. Além disso, nas comunidades evangélicas mais tradicionais comemora-se o Dia da Bíblia. Estas datas, a aprovação do pastor presbiteriano André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal e a divulgação de um vídeo com a comemoração entusiasmada da Primeira Dama, me levaram a pensar sobre o papel da Bíblia no comportamento dos evangélicos brasileiros.

A Bíblia é um conjunto de livros com narrativas lindas sobre religiosidade, justiça social, relacionamentos familiares. Possui vários estilos literários como histórias, poesia, cânticos. Escritores de diversas culturas e épocas diferentes. Portanto não é possível pegar um texto bíblico qualquer e aplicar à nossa realidade. É necessário avaliar o contexto gramatical e histórico para compreendê-lo e avaliar se a mensagem é pertinente aos dias modernos.

Por exemplo, os textos bíblicos indicados para o 3º domingo de advento são de diferentes formatos. Confrontados com a nossa realidade revelam o valor da esperança no Reino de Deus. Somos alertados a ter alegria, ser amável, tolerante, a não andar ansiosos e sim, esperançar e viver em paz uns com os outros. O texto de Lucas 3.7-18 nos apresenta João Batista exigindo que todos que o procuravam para o batismo dessem frutos de arrependimento partilhando o que tinham com os mais necessitados, agindo com justiça e não praticando a violência. Quando o povo insinua que ele seria o Messias, ele aponta para Jesus.

 Vivemos tempos difíceis no Brasil. É notório o descaso das autoridades no enfrentamento da pandemia. Mais de 615 mil brasileiros morreram de Covid. A fome voltou a rondar os lares. Aproximadamente 116 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar, 43 milhões não contam com alimentos em quantidade suficiente e 19 milhões estão passando fome. Quase 15 milhões estão desempregados aumentando o número de pessoas em situação de rua.  Institutos de pesquisas indicam o crescimento da violência doméstica e policial. Estes são alguns, talvez os mais graves, problemas enfrentados pelo país.

Diante de um quadro assustador como este, qual deveria ser o comportamento dos evangélicos brasileiros? Comemorar a indicação de um evangélico ao STF, um espaço do Estado que é laico? O problema não é o indicado ser evangélico, mas sim o que ele representa. Um projeto de poder que se apropria da Bíblia para legitimar uma política autoritária, desumana e exclusiva. A Bíblia aponta para um Deus que se fez gente humilde na pessoa de Jesus e nos ensinou amar o próximo, o acolhimento, a solidariedade, a partilha, a tolerância, o perdão. Quando olhamos para Jesus, o Deus frágil, entendemos a necessidade de colocar-se ao lado dos mais pobres e humildes da população.

Comporta-se de acordo com a Bíblia é dar sinais da possibilidade do Reino de Deus. Um reino de amor, justiça social e fraternidade. 

Rev. Ezequiel Luz

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

TRAGÉDIAS HUMANAS

“Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas a ponham em prática”. (Tiago 1.22)

Foto: Wakil Kohsar/AFP

    Após o Talibã reassumir o controle do Afeganistão, cenas trágicas no aeroporto de Cabul foram exibidas ao mundo todo. Centenas de pessoas invadiram a pista de decolagem, se penduraram em aeronaves em movimento e imagens mostraram algumas caindo do avião em pleno voo. Todos nós fomos impactados por estas imagens envolvendo principalmente mulheres e crianças. Os fatos desenrolados no Afeganistão nos últimos anos, revelam como a ganância por lucro produz tragédias humanas.

O Afeganistão já foi governado por socialistas na década de 1970. O governo instituiu o ensino laico, reforma agrária e a participação feminina na política. Mas muitos achavam que estas medidas eram uma ameaça ao islamismo e um golpe tirou os socialistas do governo. A URSS preocupada em perder o controle da região invadiu o território afegão em 1979. Nessa ocasião surgiram rebeldes chamados “mujahidin” que se organizavam no interior do país e receberam apoio e treinamento militar dos EUA. Foram eles que deram origem a dois grupos extremistas: Al-Qaeda e o Talibã. Em 1989 a URSS sai do país e a partir de 1994 o Talibã assume o governo. Depois do ataque as Torres Gêmeas de 11 de setembro, os EUA invadiram o Afeganistão em nome do combate ao terrorismo e tiraram o Talibã do poder. As forças militares americanas permaneceram até a eleição de Donald Trump que fez um acordo com o Talibã para a retirada das tropas. Joe Biden cumpri o acordo e com a retiradas dos americanos o Talibã assumi o controle do Afeganistão levando a população ao desespero. O que impressiona é a atitude imperialista que impõem o domínio americano e alimenta o conflito. Tudo em defesa da democracia liberal para a qual a guerra é uma fonte enorme de lucro.

Tanto os EUA como países europeus, que são cristãos, discutem quem vai acolher os refugiados. Se colocarmos o cristianismo desses países dentro da carta de Tiago vamos descobrir a contradição entre ensino e prática. Tiago escreve para uma comunidade em que há pobres explorados e ricos exploradores. Para Tiago, a denúncia do que acontece hoje e o anúncio da esperança para o amanhã não são suficientes. Não bastam belas palavras e boas intenções. É preciso praticar o evangelho, a “lei perfeita”, lei que não oprime e nem amarra, mas liberta: a lei do amor.

A grande tragédia humana de nossos dias é se afastar da prática do evangelho. Há muito ensino, muita pregação e interpretações particulares geradoras de ódio e intolerância, contrariando o centro da mensagem do evangelho de Cristo. Como ensina Tiago, a verdadeira religião é a prática do amor. As tragédias humanas, em grande parte, poderiam ser evitadas se praticássemos o ensino de Jesus de amar o próximo como a nós mesmos. 

Rev. Ezequiel Luz

 

 

 

Foto: Wakil Kohsar/AFP

terça-feira, 17 de agosto de 2021

O CRISTÃO E A POLITICA

          Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão vida eterna! (João 6.68) 

Imagine a seguinte situação. Na rua em que você mora, bem na esquina surge um buraco. Com as chuvas ele aumenta de tamanho. Você se preocupa porque aquele buraco, antes inofensivo, agora pode causar um acidente. Então você pega um galho de árvore e finca no buraco com o propósito de avisar os motoristas do perigo. Este ato é um ato político. Primeiro porque há uma preocupação com o coletivo. Segundo porque é uma forma de denunciar o descaso do poder público com a situação da rua. Você pode ser um cristão ou não, isto não vai mudar o caráter político da sua ação.

Mas é comum ouvir da boca de cristãos: “Odeio política!” “A política é suja!”. Estas e outras expressões são usadas pra manifestar uma aversão a atividade dos políticos e dos partidos. Aversão essa, incentivada pela mídia hegemônica, muitas vezes como cortina de fumaça pra esconder a corrupção da elite burguesa de nosso país. Mas a verdade é que política está em tudo o que fazemos. O teólogo Jürgen Moltmann afirma que “a igreja tem na história sempre uma dimensão política. Querendo ou não ela representa um fator político”[1]. Portanto o cristão, seguidor de Jesus, está envolvido com política, consciente ou não. “A política faz parte de todos os elementos centrais da vida, e por isso, não há como simplesmente “lavar as mãos” e supor que problemas sociais são responsabilidade alheia”.[2] Nossas escolhas são políticas e interferem no bem estar coletivo.

No evangelho de João encontramos Jesus em uma ação política reveladora. Partilhar o pão produz multiplicação suficiente para saciar a fome de uma multidão. Depois ele se apresenta como o pão da vida que desceu do céu. O discurso escandaliza e alguns seguidores o abandonam. Então ele se volta para os doze e pergunta: “Será que vocês também querem ir embora?” (6.67). Pedro responde: “Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras que dão vida eterna!” (6.68). Palavras carregam ideias. Podem ser geradoras de amor, afeto, acolhimento, solidariedade, mas também de ódio, rejeição, desprezo. A escolha de seguir a Jesus significa acolher a suas palavras, seus ensinos, suas orientações.

Como cristão fazemos política. Todas as vezes que enfatizamos a centralidade do amor na mensagem cristã e agimos em benefício da coletividade estamos fazendo política a favor do Reino de Deus.

Rev. Ezequiel Luz
Pastor da IPI do Brasil


[1] “La Iglesia Fuerza del Espiritu”, Ediciones Sigueme, 1977, pg 32 (Tradução livre)

[2]  Fernandes, Sabrina. “Se Quiser Mudar o Mundo”. São Paulo – Planeta, 2ª ed, pg 33

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

2020 EM UMA PALAVRA

Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo” (Gl 6.2)

Se você pudesse definir o ano de 2020 em uma palavra, qual seria? O Fantástico, exibido pela Globo no dia 27 de dezembro, convidou personalidades brasileiras para responderem a esta pergunta. As palavras criatividade, cura, cuidado, esperança, vida, solidariedade, delicadeza e perseverança se destacaram. O programa promoveu então, uma enquete pela internet e a palavra “cuidado” foi escolhida para definir o ano que está terminando. Cuidado com a vida. Cuidado com a saúde. Cuidado com o próximo. Cuidado com o meio ambiente.

Pessoas mais pessimistas referem-se ao ano de 2020, como o ano que nos pegou de surpresa. Colocou nossas vidas de cabeça para baixo. Cancelou e adiou nossos projetos, planos e sonhos. Ano em que o governo se mostrou insensível para com a vida e incapaz de lidar com a crise provocada por uma pandemia como a do coronavírus. Ano que revelou fragilidades, egoísmos, individualismos e falta de respeito para com a nossa gente.

Ainda assim também escolheria a palavra “cuidado” como a mais representativa deste ano. Cuidado revelado no trabalho intenso dos profissionais de saúde na tentativa de manter a vida e a saúde dos pacientes. Cuidado revelado pela imprensa ao informar com zelo, alertar e divulgar as medidas restritivas a população. Cuidado revelado na ação solidária do padre Júlio Lancelotti, que aos 72 anos de idade realiza um trabalho tido como referência na defesa dos direitos humanos e sociais. O padre acolhe moradores de rua no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, dando-lhes amor, afeto, alimento, amparo e amenizando o sofrimento e a dor dessa gente desamparada. Cuidado revelado nas ações de solidariedade desenvolvidas pelo MST (Movimento dos Sem Terra).  Assentados e acampados de todo o Brasil distribuíram mais de 500 toneladas de alimentos produzidos sem agrotóxicos. Estas doações de alimentos foram feitas em diversos formatos, como cestas básicas, feiras e marmitas. Também foram doados álcool gel, máscaras e sabão. Cuidado revelado em ações de empresas que usaram máquinas e mão de obra para produzirem aventais e máscaras que foram doadas a profissionais da saúde pública. Outras empresas doaram equipamentos pra hospitais públicos. Ainda houveram empresas que distribuíram, alimentos, roupas, produtos de higienes as famílias mais pobres e fragilizadas.

Portanto caro leitor. Se você chegou até aqui, quero lhe fazer um pedido. Cuide-se. Ao sair de casa use máscara, lave bem as mãos, use álcool gel, mantenha o distanciamento social, evite festas de final de ano e aglomeramentos. Cuidando de você, você estará também cuidando do próximo e do meio ambiente.

Em 2021 cuidem-se ainda mais.

Rev. Ezequiel Luz

Pastor da IPI do Brasil