MEUS PARCEIROS

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

MINISTROS DE DEUS

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. (1Pd 2.9)

Algumas pessoas se debatem com as seguintes questões: O que estou fazendo na igreja? Qual deve ser a motivação para participar de uma comunidade cristã? Qual é o propósito de Deus para minha vida? Mesmo correndo o risco de ser simplista podemos afirmar que o propósito de Deus ao nos salvar, é transformar-nos em raça escolhida, sacerdote do Rei, em povo que pertence a Ele, com a finalidade de anunciarmos os seus atos poderosos. Em outras palavras, Deus nos chama para sermos ministros dele. Esta foi a grande descoberta da Reforma do século XVI. "O sacerdócio universal de todos os crentes".

Mas o ensino bíblico de que todo o crente é um ministro, precisa sair das prateleiras da doutrina reformada e ser colocado novamente em prática na vida da igreja. Através dos pequenos grupos, grupos familiares ou células pode-se exercitar, com bons resultados, o sacerdócio universal de todos os crentes. Na verdade, a igreja embasada em grupos pequenos ou células é uma maneira de ser igreja encontrada em o Novo Testamento, eficiente para cumprir duas funções básicas: primeiro ministrar e edificar os membros da igreja e segundo ministrar e alcançar a comunidade onde ela está inserida. Nos grupos pequenos todos podem ministrar uns aos outros e aos não crentes que fazem parte do seu círculo de amizade e relacionamento.

A graça de Deus, a ação do Espírito Santo e este modelo de ser igreja têm sido apontadas como causas do crescimento espantoso da igreja em diversas partes do mundo: Coréia do Sul, África do Sul, Costa do Marfim, El Salvador, Estados Unidos, Cingapura, Hong Kong, Etiópia, Japão, Colômbia. Nós também podemos e devemos crescer tanto na qualidade quanto na quantidade. A Igreja, através dos grupos pequenos pode contribuir para crescimento equilibrado protagonizado pelo Projeto Semeando adotado pela IPI do Brasil. Mas precisamos que os membros da igreja se envolvam em um grupo pequeno ou célula.

Portanto, não fique de fora! Coloque-se nas mãos de Deus para ser um ministro Dele. O grupo pequeno, a célula é o lugar para praticar o "sacerdócio universal de todos os crentes".


Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

VIVA CONTENTE

“Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”. (Filipenses 4.11)


Conta-se que um rei foi certa manhã ao seu jardim e encontrou as plantas murchando e morrendo. Perguntou ao carvalho, que ficava junto ao portão, o que significava aquilo. Descobriu que a árvore estava cansada de viver, porque não era alta e elegante como o pinheiro. O pinheiro, por sua vez, estava desconsolado porque não podia produzir uvas, como a videira. A videira ia desistir da vida porque não podia ficar ereta e nem produzir frutos delicados como o pessegueiro. O gerânio estava muito triste porque não era alto e fragrante como o lírio. E o mesmo acontecia em todo o jardim. Chegando-se ao amor-perfeito, encontrou sua corola brilhante e erguida alegremente, como sempre.

— Muito bem, meu amor-perfeito, alegro-me de encontrar, no meio de tanto desânimo, uma florzita corajosa. Você não parece nem um pouco desanimada.
— Não, não estou. Eu não sou de muita importância, mas achei que, se no meu lugar o senhor quisesse um carvalho, um pinheiro, um pessegueiro ou um lírio, teria plantado um deles; mas sabendo que o senhor queria um amor-perfeito, estou resolvido a ser o melhor amor-perfeito que posso.

Parece-me que é esta atitude que o apostolo Paulo expressa no texto acima. Ele estava destituído de todo e qualquer conforto, numa cela de prisão, quando escreveu estas palavras. Não é conformismo, resignação, mas uma atitude positiva que procura extrair de todo acontecimento lições para a vida.

A palavra grega contente, usada no texto de Filipenses, se refere a um sentimento interno de bem estar que não dependente das circunstâncias externas e se satisfaz com os recursos que possui mesmo que limitadíssimos. Para Paulo, estar em Cristo, é o segredo do viver contente em qualquer situação (Fp 1:21; 4:13).

Amado, você que também está em Cristo pode viver contente em toda e qualquer situação!


Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

SEMEANDO EM AGOSTO

Dizem que o mês de agosto é o mês do cachorro louco, da bruxa na aviação, das noites de terror, do azar. Talvez por isso seja o mês do ano com o maior número de simpatias e superstição em todo o mundo. O nome do oitavo mês foi dado pelos romanos em homenagem a César Augusto, que para não ficar atrás de Júlio César, cujo mês de julho é em sua homenagem, decidiu que o seu mês também teria 31 dias. Também foram os romanos que passaram a considerar o mês de agosto como agourento. O motivo era a crença de que um dragão aparecia no céu do mês de agosto cuspindo fogo para todo o lado. Mais tarde descobriram que o tal dragão era a constelação de Leão. Mas a crença se espalhou e formulou o dito popular “casar em agosto traz desgosto”. Por influência de Portugal, que até hoje evitam casamentos nesse mês, chegou também ao Brasil, onde a maioria atribuiu ao mês a condição de azarento.

Como ser cristão é crer na providência divina e não na sorte ou azar, devemos olhar para o mês de agosto com os óculos da esperança para uma boa semeadura. Por esta razão, hoje, 17 de agosto é uma data muito especial. É o Dia do lançamento de “Mateus e Seus Amigos”, estratégia do Projeto Minha Esperança Brasil. Durante o culto vamos anotar, em um folheto apropriado, pelo menos três nomes de pessoas do nosso relacionamento. Pessoas que desejamos alcançar com a mensagem de esperança do evangelho. Depois todos os lares da igreja que desejarem compartilhar o evangelho receberão treinamento especifico do Projeto Minha Esperança. Na primeira semana de novembro estes lares convidarão seus amigos, parentes e vizinhos para assistirem três programas produzidos pela Associação Evangelística Billy Graham. No final de cada programa todos os convidados serão desafiados a entregar suas vidas a Jesus. Os que aceitarem o desafio serão discipulados pelos lares “Mateus e Seus Amigos”.

Já temos no primeiro dia agosto o “Dia do Presbítero e da Presbítera”. Também comemoramos no dia 12, o “Dia do Presbiterianismo Nacional” – relacionado à data da chegada de Simonton ao Brasil. E agora, temos o dia 17 como o início de uma grande tarefa: semear o evangelho. Deus, na sua soberania, permitiu que no mês considerado agourento, tivéssemos o inicio de uma caminhada de proclamação da libertação em Cristo Jesus.

Que assim seja para a glória de Deus!


Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

DE PAI PARA FILHO E... VICE-VERSA!

E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. (Ef 6:4, 1)

Quem já viveu a experiência sabe muito bem o que a chegada de um filho faz no lar. Pode parecer impossível, mas aquela criaturinha que cabe na palma da mão, com carinha amassada e recém chegada ao mundo, muda completamente a vida da família. Diz a Bíblia que “os filhos são um presente do SENHOR; eles são uma verdadeira bênção” (Sl 127.3). A grande questão é o que fazer com estas jóias que Deus nos concede.

Algumas famílias adotam o “filhocentrismo”. Neste caso, são os filhos que mandam. Tudo gira em função dessas pequenas criaturas. Quando chega a fase da adolescência, uma criança criada nessas condições provavelmente será alguém sem limites e rebelde, acostumada a ter tudo o que quer. Outras adotam o “protecionismo”. Os filhos vivem numa espécie de redoma de vidro sem ter contato com outras crianças e nem com o mundo exterior. Filhos criados com extrema proteção, possivelmente serão adultos inseguros, medrosos, sem iniciativa e que vivem desconfiados de tudo e de todos.

A missão dos pais é criar, orientar, ensinar os preceitos cristãos e cuidar dos filhos com sabedoria, equilíbrio e amor. Nas palavras de Paulo no texto acima os pais não devem ignorar, desvalorizar seus filhos, mas criá-los segundo a instrução e orientação do Senhor.

Aos filhos convém aceitar a missão dos pais. Para a felicidade da família e para o bem dos filhos as Escrituras recomendam-lhes que obedeçam a seus pais. Em outras palavras, obedecer é honrar aqueles a quem Deus confiou à vida dos filhos. Filhos que procuram agradar seus pais, sendo submissos, respeitando-os, comportando-se dignamente, contribuem muito para a felicidade e harmonia do lar.

Para que a família trilhe por bons caminhos é mister que os pais se convertam aos filhos e os filhos se convertam aos pais. Neste dia dos Pais nossa oração é que a esta conversão de pai para filho e vice-versa aconteça em todos os lares. Assim, pais e filhos podem trazer as bênçãos do Senhor para dentro do lar.
Feliz Dia dos Pais!


Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

31 DE JULHO - 105 ANOS DEPOIS

“Andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele, e também algumas mulheres, (...) as quais lhe prestavam assistência com os seus bens”. (Lc 8.1-3)


Quinta-feira passada, na cidade de São Paulo, foi realizado um culto de consagração do “Edifício 31 de Julho”, nova sede da IPI do Brasil que fica na rua da Consolação, 2121. Quinta-feira, 31 de julho, inauguração do “Edifício 31 de Julho”. Dá para perceber que a data é muito significativa para este ramo do presbiterianismo brasileiro.

A data remonta ao ano de 1903, quando o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil se reúne no templo da alameda dos Bambus, na capital paulista. Não havia acordo em torno de alguns assuntos, especialmente sobre a maçonaria que alguns rejeitavam outros aceitavam. O grupo que se opunha à convivência com a maçonaria dentro da igreja perdeu. Às 10 horas da noite do dia 31 de julho, Eduardo Carlos Pereira pede a palavra e se despede do Sínodo. “Tomou o chapéu. Desceu da tribuna e atravessou o recinto no meio do rumor que se erguia. Outros membros da minoria o foram acompanhando”. Foram para o templo da Rua 24 de maio, sete pastores e doze presbíteros, e, organizaram a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.

Todo ano o “31 de julho” mexe com as emoções do povo presbiteriano independente. Depois das comemorações do primeiro centenário em 2003 a data adquiriu um novo prestigio. As igrejas locas se reúnem para uma semana de oração, recebem novos membros, levantam ofertas. Os presbitérios e sínodos promovem encontros com palestras, alguns com exposição de fotos e documentos. Tudo para que a data que não passe em branco. E agora, para trazer a memória tudo o que pode dar esperança, inaugura-se o “Edifício 31 de Julho”, sede do Escritório Central da IPI do Brasil.

Mas é preciso ressaltar que o “31 de julho” não deve apagar da memória a origem da Igreja Presbiteriana Independente que está calcada na reforma religiosa do século XVI e encabeçada João Calvino. Também não deve apagar o vínculo com a chegada do Rev. Ashbel Green Simonton ao Brasil no dia 12 de agosto de 1859, data do inicio do presbiterianismo em nosso país.
Portanto 105 anos depois o “31 de julho” chama os presbiterianos independentes a redescobrir a importância que seus pais espirituais davam à pregação da palavra, o lugar ocupado pela educação cristã e secular, e o orgulho da “igrejinha dos milagres” quanto à fidelidade na contribuição financeira. Depois de 105 anos a data ainda é símbolo da determinação de um povo cujo objetivo maior é glorificar a Deus.
Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz