MEUS PARCEIROS

sexta-feira, 22 de julho de 2011

MORRER E VIVER

“Porque, se vocês viverem de acordo com a natureza humana, vocês morrerão espiritualmente; mas, se pelo Espírito de Deus vocês matarem as suas ações pecaminosas, vocês viverão espiritualmente” (Rm 8.13)

O evangelista Billy Graham conta que em uma de suas viagens um passageiro bêbado, sentando a sua frente, estava incomodando os demais. O comissário de bordo veio para tentar silenciá-lo. Depois de várias tentativas disse: “Sabe que Billy Graham está sentado atrás do senhor?” O homem olha para trás e emocionado diz: “Dr. Graham, que alegria ter o senhor aqui conosco. Estive em uma de suas cruzadas. Ela mudou a minha vida”. Pelo menos, durante aquela viagem, não era o que parecia.

O apóstolo Paulo ensina que quando o homem é alcançado pelo evangelho, mediante a livre e soberana escolha de Deus, muda de status. Deixa de ser pecador condenado para ser pecador livre (Rm 8.1 e 2). O fato de ser alcançado marca o início da sua eleição ou vida cristã e independe de sua vontade. Chamamos esse evento de salvação, justificação, redenção, pacto da graça. Mas daí em diante a vida cristã depende também da vontade humana. A este processo damos o nome de santificação.

Muitos são os que buscam sentido para vida. Embrenham-se por diversos caminhos. Caminhos tortos, errados, complicados. Imaginam que só serão felizes se puderem satisfazer a própria vontade. O bêbado no avião certamente era uma pessoa assim. Participou de uma cruzada evangelística de Billy Graham, atendeu ao apelo, mas quis continuar com sua busca fazendo o que lhe dava prazer.

Para viver melhor é preciso fazer morrer muitos desejos humanos. Quem está em Cristo é livre do pecado e da morte. Quem vive para a carne (isto é, para si mesmo) e para sua vontade educa a mente a satisfazer os próprios desejos. Parece que vive bem, mas caminha para a morte espiritual. Mas quem está em Cristo, auxiliado pelo Espírito Santo, deve fazer morrer seus desejos egoístas.

A vida com Cristo em santidade e em verdade sempre será melhor. O problema é que somos facilmente iludidos de que viver segundo o padrão mundano é bem melhor. A verdade é que com o esvaziamento de nós mesmo começamos a viver, aprendemos a diferenciar com sabedoria o que devemos buscar e o que devemos eliminar de nossa vida. A mentalidade humana, os desejos do pecado é uma afronta a Deus e uma opção perigosa que pode levar a morte. Mas a vida no Espírito agrada a Deus e nos traz paz e vida plena.

Amados, não podemos ser como o companheiro de viagem de Billy Graham. Se de fato a graça de Deus nos alcançou devemos travar uma luta severa contra nossas ações pecaminosas. Não é fácil, mas é possível se, pelo Espírito de Deus, guerrearmos ferrenhamente contra o pecado.

Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A EXPECTATIVA DA CRIAÇÃO

“Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Romanos 8.22)

Tivemos dias de frio intenso este ano.  Em nossa região, a temperatura despencou provocando uma sensação térmica há muito tempo não percebida.  O inverno tem o seu charme. Quando se reúnem, as pessoas ficam mais próximas umas das outras. Pode ser em volta de uma mesa com a família ou amigos apreciando um bom vinho; pode ser em volta de uma fogueira com o chimarrão correndo de mão em mão. Nessas ocasiões há muita história, muito causo, muita conversa, muito aconchego, muitas gargalhadas. Além disso, as pessoas ficam mais elegantes com roupas de inverno.

Mas o verão também tem suas peculiaridades. Céu azul, calor, nuvens brancas. Muitos preferem esta estação por terem a água como aliada. Podem lavar as mãos, o rosto, jogá-la pra cima, tomar vários banhos ou ir à praia. Assim também são as outras estações: o outono com seus frutos e a primavera com suas lindas flores.

No entanto, nada existe de mais agradável do que viver intensamente os dias que o Senhor nos concede, seja no inverno, verão, outono ou primavera. Cada dia é um presente, uma dádiva, uma maravilha que Deus concede aos seus filhos.

Sabemos que junto com a beleza da criação há muito sofrimento e dor. Há muita violência, atos desumanos, muita poluição no ar, nos rios, muito desmatamento, muita destruição causada pelo homem. Também a natureza geme e sofre como nós sofremos. Ela aguarda com paciência e esperança o futuro de Deus. Nós também aguardarmos o estabelecimento definitivo do Reino de Deus quando todos os espinhos, todas ervas daninhas, todo o pecado, toda corrupção, toda lágrima, morte, tristeza desaparecerão. Quando participaremos da libertação gloriosa que Deus iniciou com seu filho Jesus Cristo.

Hoje toda a criação geme, sofre. Por esta razão precisamos fazer diferença no ambiente em que estamos inseridos. Utilizado cada vez mais o amor, a bondade, a solidariedade, o geste de carinho e amizade para com o próximo. Adotando medidas eficientes para economizar água, energia, combustível. Agindo com sabedoria em relação ao lixo que produzimos. Participando ativamente de movimentos que lutam pela preservação das nossas florestas. Isso é ter os olhos no futuro de Deus e os pés no chão, é esperar a nossa redenção e agir como cidadão consciente e responsável.

O dia de hoje é passageiro. Pode estar calor, frio ou chovendo. Devemos aproveitar bem o dia que Deus nos dá testemunhando sobre o Reino de Deus. A cada dia, com palavras e gestos, devemos anunciar a expectativa da redenção de toda a criação.

Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

sábado, 9 de julho de 2011

ORAÇÃO SEM RESPOSTA

“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26)

Onde está Juan? Esta era a pergunta feita pelos pais, familiares, amigos e vizinhos de Juan de Morais, menino de 11 anos, morto após operação da polícia na favela Danon, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, no dia 20 de junho. Um corpo foi encontrado parcialmente imerso no rio Botas, em Belford Roxo, também na Baixada, na quinta feira, dia 30 de junho. Inicialmente identificado como de uma menina, a ossada passou por um exame de DNA é ficou comprovado que pertencia ao menino Juan. No dia 7 de julho o menino foi sepultado, mas a família ainda espera uma resposta. Agora a pergunta é sobre quem matou o menino Juan.

Não é fácil enfrentar a espera por uma resposta. Dominar a mente para que não fique o tempo todo pensado em uma possível resposta é uma tarefa árdua. Deitar a cabeça no travesseiro, fechar os olhos e dormir se constitui em uma luta inglória. Queremos respostas. Precisamos de respostas.  De preferência que atenda nossos anseios e desejos.

Elias, depois do confronto com os profetas de Baal, busca uma resposta. Informada sobre o extermínio dos profetas, Jezabel, mulher do rei Acabe, manda a Elias um recado dizendo que no dia seguinte iria fazer o mesmo com ele. Com medo, Elias foge para o Sinai. Na fuga ele tem que passar pelo sul de Berseba, onde ficava o deserto do Neguebe. Era uma terra de ninguém. Após viajar por um dia sob o escaldante calor do deserto, Elias caiu desfalecido sob um zimbro. Embora o zimbro jamais pudesse ser confundido com um frondoso carvalho, quando se está no deserto qualquer sombra é bem-vinda.

Nessa situação Elias faz uma oração de profundo desânimo: Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais. (I Reis 19.4). O primeiro livro dos Reis menciona quatro orações de Elias. Na primeira, um filho foi restaurado à vida; na segunda, caiu fogo do céu; na terceira, vieram chuvas após uma seca de três anos. Mas dessa vez Deus não responde ao pedido de Elias.

O profeta estava fugindo de Jezabel para salvar a vida, mas agora pedia que Deus a tirasse! Estava tão confuso, perdido sem direção. Felizmente o Espírito Santo é o grande esclarecedor de nossas orações confusas. As palavras de nossos pedidos surgem em certas ocasiões tão misturadas quanto um novelo de lã depois que dois gatinhos levados brincaram com ele. Mas o Espírito desembaraça tudo pacientemente e apresenta ao Pai.

Portanto, quando não obtemos respostas às nossas orações, temos uma oportunidade de experimentar a ajuda do Espírito Santo e também exercitar nossa confiança e dependência na sua da intercessão em nosso favor. Até mesmo no silêncio de Deus somos favorecidos. Amém!


Soli Deo Gloria!
Rev.Ezequiel Luz

sábado, 2 de julho de 2011

GRATIDÃO

“Jesus disse: Os homens que foram curados eram dez. Onde estão os outros nove? Por que somente este estrangeiro voltou para louvar a Deus”?(Lc 17.17,18)

A Bíblia ensina-nos a sermos gratos por todos os benefícios de Deus. Mesmo quando somos favorecidos por outras pessoas ou por uma circunstância da vida, devemos dar graças a Deus porque todo bem dele emana. A Bíblia recrimina toda sorte de ingratidão.

Paulo recomenda-nos não estabelecermos limites em nossas manifestações de gratidão a Deus, posto que é grande o seu amor para conosco (2Co 4.15) e roga que nossa gratidão não se esfrie, mas que aumente mais e mais (Cl 2.7). Contudo, a nossa gratidão deve ser consciente, manifestada em sinceras orações (Cl 4.1) para estimular os outros a serem agradecidos (1Co 14.16). As datas do mês convidam a dar graças a Deus: pela nossa igreja (31) e por toda a Comunidade Reformada (21); pelos dons que Deus nos dá (28) e pela oportunidade de usarmos para a sua glória (4); pela nossa capacidade de livremente pensar (14); pela natureza dadivosa que dele recebemos (17).

Paulo sempre agradecia a Deus pelos favores recebidos dos outros e pelas suas próprias conquistas. Ele era grato a Deus pela ação da igreja (2Co 9.11,12; 1Tm 2.1). Ele agradecia pelo alimento (1Tm 4.3), pelas vitórias (1Co 15.57) e pelos bons resultados obtidos (2Co 2.14). Sentimo-nos gratos a Deus pela vida daqueles que trabalham para a nossa segurança (2) (25); pela nossa saúde (16); pela nossa subsistência (16) (28), pela nossa locomoção (25). Na igreja, somos gratos por aqueles que lutaram (10) e sofreram (6) legando a nós a herança da fé cristã e por aqueles que nela continuam prestando o seu serviço (9) (13).

Enquanto a gratidão se opões à lista de vícios (Ef 5.4), a ingratidão dela faz parte (2Tm 3.2). Jesus foi sensível à atitude dos ingratos por ele beneficiados (Lc 17.17,18), mas deu-nos uma lição sobre o amor, ordenando-nos amar aos nossos inimigos, mesmo que sejam ingratos e maus (Lc 6.35). Partindo da comemoração do Dia da Amizade (20), defendendo o espírito de ajuda mútua (4) no meio de toda a população mundial (11) e, como estrangeiros, sejamos sempre gratos à terra que nos acolhe (25). Passemos todos os dias de nossa vida cantando com o apóstolo: “Agradecemos a Deus por amor incomparável”.

DIA
COMEMORAÇÃO
DIA
COMEMORAÇÃO
2
Bombeiro / Hospital
16
Comerciante / Comb. a Hepatite
4
Cooperativismo
17
Proteção às Florestas
6
1415 – Morre João Huss
20
Amizade
9
Diácono e Diaconisa
21
Aliança Mund. Ig. Reformadas
10
1509 – Nasce João Calvino
25
Colono / Motorista
11
População
28
Agricultor
13
Engº Sanitarista
31
108º Aniversário IPIB
14
Liberdade de Pensamento



Extraído da Agenda da IPI do Brasil 2011