Rua Cafelândia, 1060 – Jd
Água Boa
Dourados, MS
Tema:
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JESUS: NOSSO MODELO DE DISCIPULADO
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Texto:
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Lucas 10.25-37
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Data:
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31/08/2014 – 22º Domingo no Tempo Comum
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INTRODUÇÃO
1.
Uma doença sem cura – Esclerose Lateral
Amiotrófica (ELA) – foi a motivação para o desafio do balde de gelo.
(1)
Com
Inicio nos EUA a campanha desafia qualquer um a jogar um balde de água gelada
na cabeça ou doar US$ 100 para a ALS Association, organização sem fins
lucrativos que arrecada fundos para pesquisa e ajuda a pacientes com a ELA.
(2)
Quem
aceita o desafio deve gravar o gesto em vídeo e postar o 'banho' nas redes
sociais. Uma vez que a pessoa realiza este gesto, é preciso desafiar outras
pessoas para que façam a mesma coisa.
(3)
Varias
personalidades publicas aceitaram o desafio e contribuíram financeiramente com
a campanha.
(4)
Mas
a primeira pessoa que eu vi aceitando o desafio foi a Julia, que desafiou
outras amigas.
(5)
O
"Desafio do Balde de Gelo", lançado no mês passado, faz sucesso no
mundo todo e já arrecadou mais de US$ 100 milhões, segundo seus organizadores.
2. Para Beny Schmidt, chefe do
laboratório de Patologia Neuromuscular da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), que faz a reabilitação de pacientes com a doença, a iniciativa errou
ao brincar com coisa séria.
(1)
"A
campanha foi sensacional para a sociedade de Ela, mas é hipócrita",
afirma. "O que é triste é que certas pessoas brincaram com algo muito
sério, uma doença das mais terríveis. Temos que ter respeito pelos pacientes. A
gente não pode misturar uma doença tão séria, com profissionais tão sérios, com
uma atitude que parece um 'big brother'".
(2)
O
que assusta é perceber que uma iniciativa boa pode em pouco tempo se
transformar em brincadeira.
(3)
Além
disso, muitas pessoas nos dias de hoje são levadas a fazer determinadas coisas
sem nenhuma reflexão. Simplesmente repetem ser ter consciência do que estão
fazendo.
·
Está
circulando outro desafio – fotografar sem maquiagem (selfie)
3. Jesus Cristo deixou um grande desafio
aos seus discípulos, aos seus seguidores, á sua igreja: façam discípulos de
todas as nações. (façam o que eu fiz)
(1)
Discipulado
nada mais é do que desafiar outros a fazer o que você faz.
(2)
Assim
como na campanha do balde de água gelada, as pessoas desafiavam outra a fazer o
mesmo, o Senhor nos desafia a fazer o mesmo que ele.
(3)
Você
é um discípulo de Jesus? O que você faz que outros também poderiam fazer?
4.
Observem
o texto bíblico lido a pouco. Depois de receber o relatório dos 70, que estavam
alegres porque ao nome de Jesus os espíritos se submetiam, Jesus diz que eles
deveriam se alegrar com o que Deus faz com eles e não com o feito deles.
(1)
Levado
pelo Espírito de Deus Jesus ora dizendo: Graças te dou, Pai, Senhor do céu e da
terra, porque escondestes estas coisas dos que se acham sábios e as revelastes
a gente simples e nova na fé.
(2)
Um
líder religioso querendo testar Jesus pergunta: “Mestre o que é preciso fazer
para ter a vida eterna?”.
(3)
Jesus
responde: “O que está escrito na lei? Como você a interpreta?”.
(4)
Ele
disse: “Ame o Senhor o Senhor seu Deus com toda a paixão, toda a fé, toda
inteligência e todas as forças; e ame o próximo como a você mesmo”.
(5)
“Boa
resposta”, disse Jesus. “Faça isso e viverás”. --- “Faça isso e viverás”.
(6)
Aqui
não há nenhuma contradição entre Graça e Obras
(7)
Quando
as obras são resultado da ação do Espírito Santo em nós, elas são apenas a
Graça em ação.
(8)
Jesus
quer demonstrar que conhecimento que não leva a pratica não tem valor.
5.
O
líder querendo justificar sua pergunta diz: “Mas como saber quem é o próximo?”.
(1)
Jesus
com toda a paciência conta uma história para exemplificar o seu ensino
(2)
Jesus
escolheu de propósito os desprezados samaritanos para ilustrar como deve ser o tratamento
correto dado ao próximo.
(3)
É
uma bela história que ensina que a pratica correta é mais importante que a
doutrina correta
(4)
Um
homem, judeu talvez, é assaltado e espancado. Fica todo machucado na beira do
caminho. Passa um pastor evangélico, um líder de louvor e não fazem nada.
(5)
Então
aparece um macumbeiro e socorre o ferido.
(6)
Se
fosse hoje, no Brasil, a história contada por Jesus seria parecida com essa.
(7)
E
no final uma conclusão surpreendente. ”Qual do três é o próximo do homem
atacado por ladrões? O que você acha?”, perguntou Jesus.
(8)
“O
que usou de bondade”, respondeu o líder religioso.
(9)
“Faça
a mesma coisa”, conclui Jesus.
6.
Vocês
já imaginaram Jesus dizendo para seguirem o exemplo de um macumbeiro?
(1)
Imagine a reação, a surpresa do líder
religioso que questionou Jesus.
(2)
Os
Judeus não suportavam os samaritanos. Eles tinham uma religião que era
resultado de várias misturas. Uma religião considerada errada pelos judeus.
(3)
Mas
Jesus escolhe um samaritano para servir de exemplo aos judeus.
(4)
“Faça
a mesma coisa”
PROP: A HISTÓRIA DO
SAMARITANO MISERICORDIOSO APRESENTA-NOS UM MODELO DE DISCIPULADO. O MODELO É
JESUS - FAÇAM A MESMA COISA.
PARA LEVAR PESSOAS A
FAZER A MESMA COISA VOCÊ PRECISA:
I
– SER UM DISCÍPULO CONSCIENTE
1.
A
irmã Dayse emprestou-me o livro: Mentes perigosas – O psicopata mora ao lado,
de Ana Beatriz Barbosa Silva.
(1)
Como
o tema me despertou a atenção comecei a ler o livro imediatamente.
(2)
O
primeiro capítulo me impactou e me colocou diante de um conceito ambíguo – a
consciência.
(3)
Ela
conta que em uma palestra no anfiteatro hospital, um professor entra, sem se
apresentar e coloca um gráfico na lousa formado por duas retas perpendiculares.
Na extremidade de uma reta ele escreveu – ESTAR e na outra – SER. E, então pergunta
à plateia: O que é consciência? .
2. Depois de algum tempo de debate com a
autora do livro ele responde a questão explicando o gráfico.
(1)
ESTAR consciente é fazer uso da razão ou da
capacidade de raciocinar e de processar os fatos que vivenciamos.
(2)
ESTAR consciente é ser capaz de pensar e
ter ciência das nossas ações físicas e mentais.
(3)
Em
um exame clinico é possível averiguar o nível de consciência de uma pessoa em
dado momento.
(4)
SER consciente não é um estado momentâneo em nossa
existência.
(5)
SER consciente refere-se à nossa maneira de existir no
mundo. Está relacionado com a forma como conduzimos nossas vidas e,
especialmente, às ligações emocionais que estabelecemos com pessoas e as coisas
no nosso dia-a-dia.
(6)
Dialógica
de Buber – Eu-Tu (o Eu somente é consciente na forma como se relaciona com o
Tu)
(7)
O
professor da Ana Beatriz, do livro Mentes Perigosas, conclui a aula com uma
frase fantástica: SER DOTADO DE CONSCIÊNCIA É SER CAPAZ DE AMAR!
3.
Agora
vamos observar rapidamente no texto bíblico lido. Quem esta consciente e quem é
consciente no texto?
(1)
O
líder religioso que interroga Jesus está consciente, mas não é dotado de
consciência.
(2)
O
sacerdote está consciente, mas não é dotado de consciência.
(3)
O
levita está consciente, mas também não é dotado de consciência.
(4)
Somente
o samaritano é dotado de consciência porque foi capaz de amar e agir com
misericórdia em relação ao próximo.
(5)
A
existência do samaritano passa a ter sentido, é dotada de consciência porque ao
se relacionar com o próximo ele agiu com compaixão, misericórdia e amor.
4.
Amado,
se você é discípulo de Jesus, para fazer o que fez Jesus, para aceitar o
desafio do Mestre, você precisa ser dotado de consciência, precisa ser capaz de
amar as pessoas, sem se importar com a cor, raça, religião, opção sexual,
status social.
(1)
Para
fazer o que Jesus fez vc precisa ser um discípulo consciente
(2)
Ser
dotado de consciência e ser capaz de amar!
II – SER UM DISCÍPULO ORIENTADO PELA COMPAIXÃO E SOLIDARIEDADE
1.
O
evangelho de Lucas parecer ser o que dá mais ênfase ao interesse de Jesus pelos
oprimidos e marginalizados.
(1)
São
exclusivos de Lucas textos como a Ressurreição do filho da viúva de Nain, o Bom
Samaritano, o Filho Pródigo, o rico e Lazaro, os 10 leprosos e a história de
Zaqueu.
(2)
No
capitulo 4 de Lucas, Jesus faz um leitura do profeta Isaias e diz: “Hoje se
cumpriu a Escritura que acabais de ouvir”.
(3)
O
texto lido por Jesus na sinagoga diz o seguinte: “O Espírito de Deus está sobre
mim; ele me escolheu para pregar a Mensagem das boas-novas aos pobres,
enviou-me para anunciar perdão aos prisioneiros e recuperação da vista aos
cegos, para libertar os oprimidos e indefesos, para anunciar: Este é o ano em
que Deus irá agir”.
(4)
Um
discipulado orientado pelo Espírito Santo tem uma preocupação com os oprimidos
e marginalizados, tem a marca da compaixão e da solidariedade.
2.
Jesus
deixou bem claro suas motivações para vir ao mundo. Ele não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida por muitos (Mt 110.45)
(1)
Ele
desafiou os seus discípulos a seguirem seu exemplo de humildade e serviço (Jo
13.12-15)
(2)
Os
grandes avivamentos ocorridos entre os protestantes, a partir do século XVII,
sempre tiveram essa marca de compaixão e solidariedade com os mais fracos.
(3)
Ações
como reforma das prisões, abolição do trabalho infantil, fim do tráfico de
escravos, melhores condições de trabalho, sempre teve na liderança discípulos
de Jesus conscientes, comprometidos com o Reino de Deus e orientados pela
compaixão e solidariedade.
(4)
Atualmente
vários teólogos latino-americanos usam a expressão “Missio Dei” ou “Missão
Integral”, para referir-se a um discipulado que alem da salvação da alma se
preocupa também com a redenção do corpo.
(5)
Discipulado
integral fala da Graça de Deus na salvação e através do Espírito Santo,
desperta a consciência para desenvolver ações de solidariedade e compaixão.
3.
Jesus
usa a história do Bom Samaritano para mostrar que aqueles que eram próximos do
ferido, os judeus, se tornaram estranhos e um estranho se tornou próximo.
(1)
Não
é o lugar, a raça, a religião que faz de alguém nosso próximo, mas sim a
necessidade de compaixão, de solidariedade.
(2)
Esta
parábola já inspirou pelo mundo afora, a criação de hospitais, leprosários,
casas de recuperação.
(3)
O
amor ao próximo não é um dever mesquinho, calculista, interesseiro. Ele é
totalmente extravagante e abundante, voltado sempre para o bem e felicidade do
próximo.
(4)
O
Samaritano era consciente por ter disposição para amar sem preconceitos, suas
ações foram guiadas pela compaixão e solidariedade.
CONCLUSÃO
1.
Amados
esta tendência de fazer o que os outros estão fazendo sem nenhuma reflexão produz
ações que muitos chamam de viral.
(1)
Ela
contagia e leva um número cada vez maior de pessoas a repetição que não produz
nenhuma melhora na sociedade.
(2)
Acho
muito perigoso aceitar desafios por aceitar, porque que é moda, para não ficar
de fora da onda.
(3)
Mas
Jesus deixou um desafio que vale a pena aceitar e que ainda impera sobre a
igreja: façam o que eu fiz, ou, “fazei discípulos”.
2.
Para
fazer o mesmo que Jesus fez você precisa.
(1)
Ser
um discípulo consciente, isto ter a capacidade de amar.
(2)
Ser
um discípulo orientado pela compaixão e solidariedade.
3.
Você
quer uma oportunidade para colocar em pratica esta mensagem? Quer ter uma
pequena experiência de fazer o que Jesus fez?
(1)
No
próximo sábado, dia 6, das 9h até às 17h teremos o Bazar Comunitário, aqui em
nossa Igreja.
(2)
Virão
pessoas da comunidade, do entorno da Igreja.
(3)
Desafio
você a dedicar um tempo para vir e conhecer essas pessoas. Desafio você a repartir
com elas um pouco de atenção, carinho, amor, compaixão.
(4)
Se
tiver oportunidade se ofereça para ajudar, para orar por e com estas pessoas.
Faça com elas o que Jesus fez com as pessoas.
Lembre-se: SER DOTADO DE CONSCIÊNCIA É SER CAPAZ DE AMAR E TER ATITUDES MARCADAS PELA COMPAIXÃO E
SOLIDARIEDADE.
AMÉM?