“Porque para com Deus não há acepção
de pessoas” (Rm 2.11).
No Brasil, o dia 20
de novembro é dedicado ao “Dia Nacional da Consciência Negra”. A data foi
escolhida por coincidir com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares,
em 1695. A ocasião é dedicada ao debate sobre o racismo e sobre a inserção
do negro na sociedade. Infelizmente, em nosso país há muitas
atitudes racistas, como as que envolveram o jornalista da Rede Globo William
Waack e o professor negro que assistia ao show do Coldplay no Allianz Parque.
No entanto, não se acaba com o racismo com algumas datas especiais. Mas sim
ensinando, principalmente as novas gerações, que racismo é inadequado à pessoa
humana e contraria a vontade de Deus.
Fiódor Dostoiévski,
no livro “Os Irmãos Karamázovi”, usa uma narrativa sobre a vida do padre
Zósima, para mostrar a importância de se explicar a Bíblia ao povo. Segundo Alieksiéi,
um dos Karamázovi, um líder religioso teria dito que o padre deveria reunir em
sua casa, uma vez por semana, as crianças - os pais viriam depois. Nessa
reunião dever-se-ia abrir a Bíblia e ler as histórias de Abrão e Sara, de
Isaque e Rebeca, de José e seus irmãos, da bela Ester, o nascimento a vida e as
parábolas de Jesus, a conversão de Saulo. Apenas ler e explicar um ou outro
termo que pudesse dificultar a compreensão e deixar que a mensagem tocasse o
coração e moldasse o caráter das crianças.
Boa parte de nossas
igrejas começaram assim. Reuniam-se crianças, uma vez por semana, para
contar-lhes histórias bíblicas. Depois de algumas reuniões, os pais se
aproximavam. Eram tocados pela singeleza das narrativas bíblicas, se convertiam
e formavam uma congregação. Depois essa congregação era organizada igreja e
dava continuidade a esse processo de ensinar a Bíblia ao povo.
Não consigo
enxergar maneira mais eficaz de acabar com o racismo. A Bíblia fala de amor ao
próximo, de respeito às pessoas, de perdão, de reconciliação, de solidariedade.
Estas virtudes produzidas no coração dos homens são capazes de eliminar toda
atitude preconceituosa e racista.
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz