Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. (At 2.46,47)
Algum tempo atrás a Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), publicou uma nota informando que o pastor Francisco Rodes, diretor do Centro Kairós, escreveu um artigo onde afirma que “o segredo do surpreendente crescimento das igrejas evangélicas em Cuba fundamenta-se nos pequenos grupos que se reúnem nos bairros, nas comunidades rurais ou nas novas urbanizações, e até nas prisões, constituindo as chamadas casas-culto ou células de oração”. Depois de um período de estagnação e descrédito, a igreja cubana experimenta um avivamento genuíno e surpreende porque acontece, principalmente, entre a população mais jovem.
No inicio de sua existência a igreja se reunia no templo e nas casas (At 2.46, 47). Depois da suposta conversão do imperador romano Constantino em 312, a igreja deixou, aos poucos, de usar a estrutura das reuniões caseiras e passou a ocupar somente as catedrais. Mesmo tendo consciência de que é impossível repetir integralmente a experiência neotestamentária, muitas igrejas em todo o mundo, a exemplo de Cuba, estão redescobrindo a estratégia dos lares. No templo acontece a grande celebração e durante a semana a igreja se espalha em pequenos grupos que se reúnem nas casas dos membros.
Muitos autores e igrejas usam nomes diferentes como, “grupos familiares”, “grupo caseiro”, “grupos de comunhão”, “grupos pequenos” e “célula” para se referir a mesma estratégia de pastoreio e crescimento. O termo mais usado hoje é “célula” que designa um grupo de membros da igreja com identidade e ambiente familiar, que proporciona aos seus integrantes, pastoreio e treinamento para a uma prática evangelista.
A IPI do Brasil, reunida em Assembléia Geral no mês de fevereiro de 2001, aprovou o sistema de igreja em células como estratégia de pastoreio e crescimento e não como modelo de governo alternativo ao presbiteriano e estabeleceu algumas orientações para a implantação do modelo. Recentemente foi aprovado o Projeto Semeando que no seu todo expressa o desejo de expansão e crescimento de nossa denominação. Portanto nós não precisamos passar pelas mesmas dificuldades que a igreja de Cuba enfrentou para perceber a importância dos grupos pequenos. Precisamos, sim, de mais pessoas desejosas de glorificar a Deus e comprometidas com a tarefa de semear o crescimento da igreja. Amém!
Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz
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