“Embora fosse o Filho de Deus, ele aprendeu, por meio dos seus sofrimentos, a ser obediente” (Hb 5.8 NTLH)
Durante o período da quaresma costuma-se refletir sobre o sofrimento e a morte de Jesus Cristo. Como Cristo reagiu ao seu martírio? Será que por ser filho de Deus ele enfrentou o seu sofrimento sem questionamentos? Engana-se que acha que Jesus reagiu com resignação. Hebreus 5.7 relata que Jesus ofereceu, “com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte”. Em sua humanidade Jesus lutou com o Pai em oração a ponto de clamar: “Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice” (Mc 14.36b). Era a dor pelo pecado da humanidade que o fazia sofrer, e mesmo sofrendo intensamente ele foi capaz de dizer: “contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres” (Mc 14.36c). Jesus aprendeu a ser obediente ao Pai por meio dos seus sofrimentos. Por amor a nós ele padeceu, foi humilhado, entregou-se à morte, concluindo a obra redentora em favor de todos os pecadores.
Na experiência do apostolo Paulo e de Barnabé, mesmo em meio a sofrimentos, eles “animavam os cristãos e lhes davam coragem para ficarem firmes na fé. E também ensinavam que era preciso passar por muitos sofrimentos para poder entrar no Reino de Deus” (At 14.22). Quando paramos para refletir sobre o sofrimento de Cristo em nosso lugar, chegamos à conclusão de que também podemos enfrentar nossas dificuldades com coragem, com fé e esperança. Basta enfrentarmos nossas dificuldades crendo na promessa bíblica de que em Cristo “temos a vitória completa por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37).
Portanto irmãos e irmãs, vamos aproveitar este tempo de quaresma para reconhecer o grande amor de Deus nos sofrimentos de Cristo em nosso favor. Vamos também orar para que se renove em nós a certeza de o Senhor é o socorro bem presente na tribulação. Amém!
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz
Rev. Ezequiel Luz