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sábado, 5 de dezembro de 2009

UM NÃO À BANALIZAÇÃO DA FÉ

“Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda? E quem poderá subsistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros” (Ml 3.2).


Na semana que passou fomos bombardeados com as imagens onde aparecem o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) e seus aliados, recebendo dinheiro e guardando maços de notas em bolsas, bolsos, cuecas e até dentro de meias. Dentre as imagens, a mais degradante para mim foi aquela em que o deputado Rubens César Brunelli (PSC), aparece orando com o atual presidente da Câmara, Leonardo Prudente (DEM) e com Durval Barbosa, ex-assessor de Arruda e colaborador da PF, após o recebimento de propina: "Pai, quero te agradecer por estarmos aqui. Sabemos que nós somos falhos, somos imperfeitos. Mas o teu sangue nos purifica [...] Somos gratos pela vida do Durval, por ter sido instrumento de bênção para nossas vidas, para nossa cidade [...] Nós precisamos dessa tua cobertura, dessa tua graça, da tua sabedoria, [...] todos os planejamentos podem falhar, todas as nossas atividades, mas o senhor nunca falha... [...] O senhor prevalece", diz Brunelli durante a oração.

Estamos no advento. Tempo em que somos convidados a refletir sobre o nascimento de Jesus e sobre sua segunda vinda. Lamento que a fé esteja tão banalizada a tal ponto de não mais ser usada para servir a Deus e ao próximo. A fé hoje é usada para servir-se do próximo em beneficio pessoal. Por esta razão o texto do profeta Malaquias é tão apropriado para os nossos dias. Ele faz alusão à vinda do Messias e pergunta: Quem poderá agüentar o dia em que ele vier? Ele será como o fogo, para purificar; será como o sabão, para lavar. O profeta diz ainda que ele se assentará para purificar os religiosos como quem purifica e refina a prata e o ouro no fogo. Somente assim eles poderão oferecer um culto como Deus exige (Ml 3.1-4).

Precisamos que o Messias venha. Não mais como um menino na manjedoura, mas como juiz e rei. Precisamos que o Messias venha para separar as ovelhas dos bodes. Precisamos que o Messias venha para purificar sua igreja com fogo e lavar os membros com sabão. Mas enquanto o Messias não chega, a igreja, o remanescente fiel, precisa manifestar a sua indignação com o que estão fazendo com a fé. A igreja precisa proclamar o juízo como fez Malaquias, e anunciar que se não houver arrependimento todos perecerão. A Igreja precisa dizer um não bem firme à banalização da fé. Somente assim a oração e o culto estarão a serviço de Deus e do próximo.
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

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