“Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Is 49.15)

Diante desse drama uma pergunta veio a minha mente. Qual das crianças essas mães amarão mais? Aquela que elas acalentaram durante mais de um ano como filho ou a que elas têm agora nos braços? Difícil responder. Mãe tem uma disposição enorme para amar, seja o filho gerado de seu ventre ou de outro, seja saudável ou portador de deficiência. Esse amor de mãe leva-me a pensar na maravilha que é o amor de Deus por nós. O criador não é somente Pai, mas é também mãe.
A Bíblia se utiliza de muitas características humanas para revelar a Deus de forma compreensível. Mas, “Deus é espírito” (Jo 4.24) e portanto não possui sexo. Nossa formação cristã, culturalmente delineada, construiu uma imagem masculina de Deus. A Bíblia afirma que Deus é Pai, é Rei, é Senhor, mas há também expressões femininas. Por exemplo, a que diz que Deus grita como uma parturiente. O profeta afirma que mesmo que fosse possível a uma mãe esquecer-se do filho que ainda mama, todavia Deus não se esquece dos seus filhos (Is 42.14b e Is 49.15). São textos que revelam o lado materno de Deus.
Agradeço a Deus pela mãe que tenho e por nunca ter me faltado seu amor e amizade. A comemoração do Dia das Mães é sempre lembrada no seio da família. Os filhos reúnem-se para almoçar com aquela que é considerada a rainha do lar. As famílias com filhos destrocados comemoram juntas o Dia das Mães com um churrasco. Em meio às comemorações devemos recordar que Maria é mãe, mas só em Jesus, o Filho, há remissão de pecados. Todos os redimidos formam uma família numerosa, onde Deus é Pai e Mãe de todos.
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz