“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef 4.26)
Assisti com muita expectativa aos jogos decisivos da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino. As jogadoras da nossa Seleção são fantásticas. Possuem técnica, habilidade, força no ataque, defesa precisa e bloqueio eficiente. Na semifinal contra o Japão, o Brasil começou perdendo por falta de controle da ansiedade. Recuperou-se e venceu no “tie-break” em uma partida emocionante. Na final contra a Rússia o Brasil jogava bem. Mas a russas demonstravam um controle emocional maior. O Brasil perdeu o jogo e o título mundial.
Na reta final do Campeonato Brasileiro de Futebol tivemos uma partida que gerou muita polêmica: Corinthians e Cruzeiro. O Cruzeiro joga melhor, principalmente no primeiro tempo, mas sofria com alguns erros do bandeirinha na marcação de impedimentos. Dois lances capitais geraram reclamações dos cruzeirenses contra a arbitragem. Um possível pênalti em cima do jogador Thiago Ribeiro do Cruzeiro e outro em cima do Ronaldo do Corinthians. Na opinião do ex-jogador Tostão houve uma disputa de bola com choque físico normal e sem falta nos dois lances. Mas o Juiz só assinalou pênalti a favor do Corinthians. Erros de arbitragem acontecem. Reclamações por parte de jogadores, técnicos e dirigentes vão sempre existir. Mas o que chama a atenção é o destempero dos cruzeirenses, revelando um descontrole emocional tanto da diretoria como da comissão técnica e dos jogadores. No Vôlei Feminino as brasileiras vinham muito bem no “tie-break”, com dois pontos de vantagem, mas um erro do juiz descontrolou-as e as russas passaram a frente e ganharam o jogo e o campeonato.
O esporte nos ensina a necessidade do autocontrole emocional e mental. Ele é imprescindível para se obter a maturidade em qualquer área da vida. Alguns o vêem como uma característica da personalidade e que alguns têm e outros não. Mas autocontrole é uma qualidade que pode ser adquirida e exercitada. A Bíblia ensina que é possível ficar com raiva sem ser dominado por ela. Quem age sobre o domínio da raiva acaba pecando (Ef 4.26 e Pv 17.14). O controle de nós mesmos nos purifica do egoísmo e, coloca-nos em atitude de serviço a Deus e ao próximo. Temos a nosso favor a afirmação bíblica de que Deus é quem efetua tanto o querer como o realizar (Fp 2.13). Além disso, o Espírito Santo produz em nós o domínio próprio (Gl 5.22,23).
Portanto, para darmos um belo testemunho cristão devemos nos esforçar para controlar nossos sentimentos e emoções, buscando sempre em oração a graça e o poder de Deus (2 Pd 1.5-11). Não só o esporte, mas a política, a igreja e outras instituições humanas têm demonstrado que o autocontrole é uma grande necessidade do nosso tempo.
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz
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