“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias”. (Pv 31.10)
De quando em vez a imprensa publica artigos, reportagens e entrevistas sobre os abusos e violências cometidos contra a mulher nos países árabes. São mulheres sem rosto, sem voz, sem desejo, sem vontade própria. São apenas consideradas como propriedade dos homens. Diante dessas publicações manifestamos nossa indignação. Mas o que dizer da cultura brasileira? Como a mulher é vista e tratada durante os festejos do carnaval?
Um reporter pergunta a um transeunte sobre o que significa carnaval para ele. “Mulher, muita mulher bonita e gostosa”, responde o homem. É assim que a mulher é vista e tratada no carnaval. Ela existe apenas para alegrar, satisfazer e se submeter aos desejos do homem. Ela é tratada como objeto disponível para uso. No Brasil, para que um programa de televisão ganhe alguns pontos no Ibope basta colocar algumas mulheres seminuas em poses sensuais que o sucesso é garantido.
Via de regra, as mulheres são para os homens, crianças, adolescentes, namoradas, esposas e, com o passar dos tempos, após muitas dificuldades juntos, companheiras ou ex-mulher. As mulheres, por serem mais sensíveis, sabem como apoiar os homens nos momentos de desemprego, de fracasso, após um negócio frustrado, etc. Elas sabem o que faz os homens sentirem-se prestigiados, honrados, mesmo quando todos os têm por derrotado. Essa sensibilidade é algo que Deus colocou na essência da mulher. Para ser valorizada ela não precisa se submeter à tirania do corpo perfeito e muito menos ir para a avenida seminua sambar.
A mulher chama atenção por sua sensibilidade, seu caráter, sua firmeza, sua garra e pelas suas virtudes internas e não externas. Por esta razão o apóstolo compreendendo a alma da mulher disse: “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade...” Por frágil, devemos entender que a mulher, em qualquer idade ou papel social, é mais sensível que o homem. Não significa fraqueza, porque ela é capaz de ações que os homens jamais suportariam.
A exposição a que é submetida a mulher em nosso país durante o carnaval é tão abusiva e o violenta quanto o tratamento recebido pelas mulheres árabes. Nós precisamos refletir, pelo menos uma vez por ano, sobre a feminilidade e sobre os estragos emocionais que temos causado pelo desconhecimento e ignorância de como são as mulheres. Portanto ao comemorar mais um dia internacional da mulher precisamos refletir sobre como a cultura, carnavalesca ou não, trata a mulher brasileira.
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz
6 comentários:
que sensibilidade Ezequiel..gostei mto..parabéns!!!
O comportamento de algumas mulheres no Carnaval levam a que elas não se valorizem o suficiente e sejam maltratadas por outros.É deprimente ver na televisão a maneira como se despem e desfilam pelas ruas.
Rev. Ezequiel, em tese concordo com seu texto no que se relaciona principalmente com o texto bíblico, mas também devemos considerar que no que se refere ao carnaval e a forma de programas de TV atingirem melhores pontos no Ibope, ai não é uma questão da imposição masculina e sim a uma opção da própria mulher que na ânsia de se tornar pública e conseguir sua independência financeira, se sujeita desde que pagando bem, a fazer uso do seu corpo e sensualidade, do que preferindo optar pelo caminho mais longo através da busca da qualificação através da educação.
CONCORDO PLENAMENTE, COM O REV EZEQUIEL. MUITO TRISTE VER, QUE GRNDE PARTE DAS MULHERES, NAO SE VALORIZAM.
Parabens Ezequiel.
Seu texto diz tudo.
Bençaos sem limites.
Meu caro Gybas
Muito obrigado mesmo pelo seu comentário. Valorizo muito o fato de você dispor parte do seu tempo para doar uma colaboração. No entanto quando você diz “na ânsia de se tornar pública e conseguir sua independência financeira, se sujeita” você concorda que a mulher se vê obrigada a aceitar esse caminho para conseguir sua independência. Somos uma sociedade machista. Quem determina o padrão de beleza feminina somos nós, os homens. Somos nós, os homens, que ficamos com os olhos grudados na TV damos audiência aos programas com mulheres seminuas. Somo nós os homens, que apreciamos as mulheres gostosas que saem na avenida sambando ou que se apresentam nos bailes carnavalescos. Se nós, os homens aprendêssemos de fato e de verdade a valorizar a mulher não pela beleza física e sim pela sua inteligência, sensibilidade, caráter, dignidade, garra, certamente o mercado daria mais oportunidade de trabalho decente as mulheres e elas não precisaria expor o corpo para conseguir a dependência financeira. Concordo que o caminho mais fácil e curto para a independência financeira da mulher é o da exposição, mas ele existe porque nós homens valorizamos este caminho. Essa atitude machista gera uma autoestima negativa na mulher e ela só sente-se valorizada quando expõe o seu corpo. Esse aspecto é cultural e pode ser mudado. Espero que nós homens consigamos ver a mulher que Deus criou de forma equilibrada como nossa semelhante, dotada de emoção, razão inteligência, sentimento, alma e corpo. Para essa mudança contamos com a graça de Deus.
Rev.Ezequiel
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