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sábado, 24 de dezembro de 2011

A VOLTA DOS ANJOS

“O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo” (lc 2.10)


“O mundo vive uma nova era dos anjos. Eles desceram dos altares e estão sendo escalados pelas pessoas para atuar ao lado delas nas tarefas mais prosaicas do dia a dia, como no ato de cozinhar, estacionar um carro, achar um objeto perdido ou ir bem numa prova, por exemplo. Assim começa a matéria de capa da Revista ISTOÉ, de 21 de dezembro que trata da redescoberta dos anjos pelo homem moderno. Esse interesse crescente pelos anjos se tornou um filão cobiçado no mercado editorial na área do misticismo e esoterismo.

No entanto, esses anjos cultuados e invocados em nossos dias não têm nada a ver com os relatos bíblicos. Os anjos, segunda a Bíblia, são mensageiros de Deus, espíritos que servem a Deus e ajudam os que vão receber a salvação (1Rs 19.5-7 e Hb 1.14). Ao contrário, os anjos modernos estão mais a serviço do mercado e do lucro do que das pessoas.

O relato bíblico mais bonito sobre o serviço dos anjos conta que na mesma região em que estavam Maria e José hospedados em uma estrebaria, um grupo de pastores cuidava do rebanho durante a noite. O anjo do Senhor apareceu e a luz gloriosa de Deus brilhou por cima dos pastores e eles ficaram com muito medo. Então o anjo disse: “Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa noticia pra vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês – o Messias, o Senhor!” (Lc 2.8-11). O anjo, o mensageiro de Deus, traz a boa noticia do nascimento de Jesus, o rei que iria promover a justiça e paz, há muito tempo anunciado.

Esse relato descreve o mais importante anúncio do nascimento do nascimento de um rei. Importante porque a simplicidade e ausência de pompa do seu nascimento é um golpe na prepotência e orgulho dos poderosos. Também é importante porque revela o grande amor de Deus pela humanidade, que se fez homem, para resgatá-la das trevas e transportá-la para o Reino da Luz. Por esta razão, a alegria do natal deve ser uma mola propulsora a nos impelir em direção ao próximo e nos aproximar do outro mediado pelo amor.

Os editores e seus escritores místicos e esotéricos deturparam o papel dos anjos em função do lucro. Transformaram-no em um quebra-galho dos homens. Mas, é bom que eles e todas as pessoas saibam, que o anjo que anunciou o nascimento de Jesus voltará na companhia de outros, para trazer o juízo de Deus ao mundo (Ap 15.1; 20.1-3).

Natal tem muita poesia, encantamento, emoção. Mas aqueles que foram alcançados pela Graça de Deus, celebram o natal com alegria e ao mesmo tempo manifestam a esperança na volta do Rei e no estabelecimento definitivo do seu reino de amor, paz, justiça e fraternidade.

Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz

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