“Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o
colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar”. (Gênesis 2.15)
Maio, tradicionalmente dedicado à família,
tem no primeiro dia um feriado mundial! É o Dia do Trabalhador! Festa com
diversas atrações musicais no Brasil e em outros lugares do planeta
manifestações, protestos contra a economia que arrocha os salários. Esse dia foi
definido com o Dia Interacional do Trabalho em 1889, na Segunda Internacional
Socialista reunida em Paris para marcar a luta pela redução da
jornada de trabalho de 16 pra 8 horas. Muitos trabalhadores morreram em confronto
com a polícia até que a jornada de 8 horas fosse reconhecida.
Às vezes esquecemos que o mundo, tal como o
conhecemos hoje, não foi sempre assim. Esquecemos que cada direito que hoje
usufruímos foram conquistados heroicamente. São conquistas que exigiram das
gerações passadas muito sangue, suor e lágrimas. Os direitos e deveres que hoje
regem as relações de trabalho no Brasil, e em boa parte do mundo, foram
conquistados arduamente pela classe trabalhadora ao longo dos séculos.
Como cristãos precisamos de uma visão
equilibrada sobre o trabalho. Muitos encaram sua atividade profissional como
algo doloroso, penoso e necessário apenas para garantir a sobrevivência. Devemos,
no entanto, ver o trabalho como cooperação com Deus, como ensina o falecido teólogo
John Stott. Observando atentamente o relato bíblico sobre a criação, percebemos
que Deus coloca o homem que ele havia criado para cuidar do jardim que plantara.
Deus poderia cuidar do jardim sozinho, afinal foi ele quem o plantou. No
entanto Deus se humilha para precisar da cooperação de Adão.
O trabalho torna-se penoso com a entrada do
pecado. O egoísmo é que leva o homem a explorar o trabalho do seu próximo,
pagando salários injustos, e negando direitos conquistados arduamente. Mas o
trabalho é benção e não maldição. Deus nos convida a partilharmos do seu trabalho
de implantação do Reino de Deus. Quando entendemos que estamos cooperando com
Deus, o nosso trabalho passa a ser um privilégio.
Portanto, precisamos como Igreja de Jesus
Cristo, agradecer a Deus pela oportunidade de cooperar com ele através do nosso
trabalho e interceder para que a relações trabalhistas sejam cada vez mais
justas. Também devemos agradecer a Deus pela família e interceder para que elas
sejam alicerçadas nos valores do Reino de Deus propiciando as novas gerações
condições de sempre buscarem melhores condições de vida e de trabalho digno.
Solo Dio Gloria
Rev. Ezequiel Luz
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