A
deputada do PSL Joice Hasselman passou por maus momentos sendo chamada de gorda,
porca, Peppa Pig. Ao usar a tribuna da câmara chorou ao
lembrar que seu filho perguntou por que ela estava sendo chamada de porca e que
teve acesso a montagens pornográficas da mãe, nua, e com a cara feita com uma
caricatura de uma porca. Logo ela que usou da mesma baixaria para atacar a ex-presidente
Dilma Rousseff chamando-a de vaca, anta e outras impropriedades.
Mas
o que me chamou a atenção foi que Manuela D’Ávila, adversária politica de Joice
e vitima de centenas de “fake news”, muito deles divulgados por partidários de
Joice. Manuela D’Ávila, cuja filha com 45 dias levou um tapa de uma mulher que
dizia que o enxoval da criança tinha sido comprado em Miami com dinheiro
publico, uma “fake news” comprovada posteriormente. Ela mesmo, usou sua conta no
Instagram para escrever uma carta aberta de solidariedade para com a deputada
Joice.
Ao
ler a carta de Manuela fiquei emocionado. Mas o que este episódio tem de interessante? Será que agora tenho que concordar com as ideias da deputada Joice? Não! Então
tenho que aplaudir e concordar com a Manuela D’Ávila? Não! O que este episódio
nos ensina é que é possível discordar sem odiar. Que é possível discordar de
uma mulher sem ter que chama-la de vaca, porca, puta e sem ter que envolver
seus filhos e família.
Discordância é saudável. A democracia precisa
do contraditório. O que não é saudável para a democracia é o ódio, é homenagem
a torturador, é defender a violência contra adversários, é achar que para
destruir um concorrente politico vale tudo, vale agir fora da lei, vale
desconsiderar a constituição federal. O que não é saudável para a democracia é também a
homofobia, a misoginia, o racismo, a intolerância, a injustiça, a falta de
solidariedade, é a indiferença para com o pobre e o mais fragilizado.
Discordar
sem odiar! Chega de tanto ódio, venha de onde vier. Chega!
Rev. Ezequiel Luz
Pastor da IPI do Brasil
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