“Quem
não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. (1ª Jo 4.8)
O
filme “Orações para Bobby” é inspirado em uma trágica história real. Ao
confidenciar ao irmão mais velho que talvez fosse gay, Bobby, com 16 anos de
idade, passa a ser alvo da mãe cristã, devota e conservadora. Ela promove
campanhas de orações para tentar curar seu filho. Mas apesar das orações
intensas, e das conversas com o filho ela não consegue a cura gay e, ao
contrário, leva o filho a uma depressão cada vez mais profunda até que ele tira
a própria vida. A perda do filho fez a mãe presbiteriana perceber a situação
terrível que havia submetido seu filho e a atitude rancorosa em ralação aos
homossexuais. Depois de muitas leituras e estudos ela passa a ser militante dos
movimentos em favor dos direitos dos homossexuais, e descobre um Deus que é
amor e capacita o ser humano a amar.
A frase em latim que dá título a esta reflexão significa amar é humano e é uma adaptação de um provérbio latino famoso; “errare humanum est, que significa errar é humano. O título estabelece uma relação entre o ser humano e o amor. Nós, humanos, temos inerente a nossa natureza, a capacidade de amar o próximo. Mas ao olhar ao nosso redor e tomar conhecimento de tanto, ódio, violência, rejeição, preconceitos constatamos que o ser humano tem um “defeito”, que os cristãos chamam de pecado. Este “defeito” leva o ser humano ao ódio e a violência. Não amar, o ódio, a violência contra o próximo é pecado. No Brasil, a cada 29 horas uma pessoa LGBTQIA+ é assassinada, motivada pelo ódio e pelo preconceito. Muitos cristãos rejeitam pessoas desse grupo, não acolhem e não permitem a elas o direito de expressarem o amor e a fé em Jesus, essa atitude sim, é pecaminosa.
O
mês de junho é tido como o “Mês do Orgulho”. Tudo começou na década de 1960,
quando as leis dos EUA oprimiam a população LGBTQIA+, deixando-a excluída dos
processos de socialização. Em 28 de junho de 1969 houve uma serie de manifestações
que ficou conhecida como a ‘Rebelião de Stonewall”. É o início do movimento
moderno pelos direitos humanos da comunidade LGBTQIA+ e, na mesma época, foram
criados vários movimentos sociais para acolher e amparar essa população. Assim,
o dia 28 de junho ficou estabelecido como o “Dia Internacional do Orgulho
LGBTQIA+”.
Portanto, seria apropriado que nós cristãos, aproveitássemos esta data para refletir sobre nossa atitude, levando em conta que Deus é amor e que a falta de amor é pecado. A exemplo da mãe de Bobby percebamos o mal que causamos com nosso preconceito e julgamento aos homossexuais. Estudos recentes revelam claramente que a Bíblia não é heteronormativa e que a homossexualidade não é pecado. Vamos respeitar, acolher, amar e permitir que a comunidade LGBTQIA+ expresse o amor é a fé em Jesus.
Rev. Ezequiel Luz
9 comentários:
Muito bom texto. Obrigado pelo afeto.
Reflexão importantíssima, parabéns!
Parabéns essa atitude e reflexão sempre espero de você.
Perfeito! Ezequiel sempre trazendo pra nossa reflexao temas tão importantes e tão atuais!
Muito bom o texto e a reflexão. Quem dera os cristãos e a igreja tenham a mesma visão descrita nesta reflexão do Pastor Ezequiel.
Penso que o amor é o melhor caminho para aprendermos a respeitar as diferenças. Acho que existe um longo caminho a ser trilhado em direção ao respeito e a tolerância as diferenças.
Queria tanto que esse pensamento fosse hegemônico entre os cristãos, há tanta gente sofrendo por conta da homofobia cristã.
Nós, cristãos, dizemos que Deus é amor. Contudo, só temos ódio contra os diferentes. Diferença não é inferioridade. Diferença não é pecado. Se todos fôssemos iguais, o amor seria dispensável.
Reflexão importante e inspirada no verdadeiro amor de Cristo. Acredito que Jesus nos deixou uma mensagem de acolhimento e esperança, não de preconceito e perseguição.
Muito bom, oportuno o teu artigo! A mensagem é direta e humanista!
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