MEUS PARCEIROS

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

ÀS VEZES É PRECISO LEVAR PEDRADA

Um jovem bem sucedido dirigia em alta velocidade o seu novo carrão. De repente, uma pedra atingiu a porta lateral do seu carro! Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde teria vindo a pedra. Saltou do carro, pegou asperamente uma criança, empurrando-a contra um veículo estacionado e gritou:
— Qual é a sua? Por que fez isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo? Este é um carro novo e caro! Aquela pedra que você jogou vai custar-me muito dinheiro. Por que você fez isto?
Disse o menino, implorando:
— Por favor, senhor, desculpe-me, eu não sabia mais o que fazer! Ninguém estava disposto a parar e atender-me neste local.
Lágrimas escorriam dos olhos do garoto enquanto apontava na direção dos carros estacionados, e continuou:
— É meu irmão. Ele desceu sem freio, caiu de sua cadeira de rodas e não consigo levantá-lo. Ele está machucado e é muito pesado para mim. O senhor poderia ajudar-me a recolocá-lo na cadeira?
O jovem motorista, comovido, dirigiu-se ao jovenzinho, recolocando-o em sua cadeira de rodas. A seguir, tirou seu lenço, limpou as feridas e arranhões verificando se tudo estava bem.
— Muito obrigado e que Deus possa abençoá-lo! Perdoe-me pelo estrago.
O homem viu então o menino distanciar-se, empurrando o irmão paraplégico em direção a sua casa. Foi um longo caminho até o carro. Um longo caminho de volta.
Ele jamais consertou aquela porta do carro. Deixou amassado para lembrá-lo de não ir tão rápido pela vida, a ponto de que alguma criança precise atirar uma pedra para obter a sua atenção.
Será que isto não tem ocorrido nas nossas igrejas? Na complexidade da nossa vida, no pedestal do ser adulto, estamos sempre preocupados em como falar, vestir, andar. Vivemos com tanta pressa, almejando o céu, que muitas vezes deixamos os pequeninos para trás. Esquecemo-nos que são vidas inteiras pela frente, páginas em branco.
É nossa responsabilidade preenchê-las com os preceitos divinos, para que aprendam e nunca de desviem do Caminho Eterno. Na maioria das vezes estamos tão preocupados em ser “gente grande” que atropelamos verdades tão singelas. Quando crescer, quero ser igual uma criança!


Autor Desconhecido,
adaptado por Tia Nice

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O CAMELO, A AGULHA E A GRAÇA

É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus (Mc 10.25)

Um homem procura Jesus e ao encontrá-lo se ajoelha e pergunta sobre o que tinha que fazer para conseguir a vida eterna. A pergunta era sincera. Havia nela uma preocupação real com a salvação. Jesus olha para o homem com muito amor e responde: “Só tem uma coisa para você fazer. Vá, venda tudo o que tem e dê o dinheiro aos pobres e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga”. O homem virou as costas e foi embora triste porque tinha muitos bens. Foi neste contexto que Jesus fez a afirmação acima.

Quantas interpretações diferentes você já ouviu sobre esse texto? A maioria deixa de lado o rico e se preocupa com o significado de camelo e de agulha. Para resolver o que parece um paradoxo, alguns ensinam que o texto não foi traduzido corretamente. No grego as palavras camelo e corda se parecem. Algum copista confundiu os termos e colocou camelo no lugar de corda. Então ficaria assim: “é mais fácil passar uma corda pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus”. Outros ainda ensinam que no muro da cidade de Jerusalém havia uma pequena porta chamada fundo de agulha. Os comerciantes retardatários não podiam entrar com seus camelos porque a porta principal era fechada à noite. Então deixavam os camelos do lado de fora e, de joelhos passavam por essa porta pequena. Essas duas interpretações resolvem o paradoxo, mas deixam de lado o que de fato Jesus queria ensinar aos seus discípulos. Jesus faz uso de uma expressão proverbial, de uma linguagem figurada, exagerada para mostrar quão difícil seria para alguém apegado aos bens materiais entrar no Reino de Deus.

Jesus afirma: “Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês” (Lc 12.34). Todos nos precisamos perguntar sobre as riquezas que ocupam o nosso coração. Esta é também a pergunta dos discípulos: “Então, quem é que pode se salvar?” Ao que Jesus respondeu que para os homens era impossível, mas para Deus tudo é possível.

No coração do homem, seja rico ou pobre, bom ou injusto, saudável ou doente, não há espaço para salvação. Sendo assim é impossível para homem entrar no Reino de Deus. Mas para Deus tudo é possível. Ao morrer na cruz em nosso lugar Jesus tornou possível o que era impossível, razoável o que era paradoxo. É a maravilhosa graça de Jesus que torna possível a entrada do homem no Reino de Deus.



Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz