“Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz
e siga-me” (Lc 9.23).
e siga-me” (Lc 9.23).
O Rev. Ashbel Green Simonton, fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil, partiu de Baltimore nos EUA e chegou ao Rio de Janeiro, no ano de 1859, com 26 anos de idade e solteiro. Simonton fundou o primeiro jornal protestante da América do Sul (1864), criou o primeiro presbitério (1865), ordenou o primeiro pastor brasileiro (1865), fundou o primeiro seminário protestante (1867) e morreu em São Paulo, vitima da febre amarela aos 34 anos. Uma vida breve, mas muito produtiva. A emocionante história de Ashbel Green Simonton é retratada de forma brilhante no livro “Mochila nas Costas e Diário nas Mãos” de Elben M. Lens César. No livro o autor afirma que damos muita importância ao dia da chegada de Simonton ao Brasil – 12 de agosto de 1859. “Talvez devêssemos celebrar mais o ano de 1855, quando Simonton deixou de ser um presbiteriano “certinho” para ser um presbiteriano convertido. Ele não mudou de confissão religiosa; o que mudou foi o seu compromisso pessoal com Jesus Cristo”.
O ano de 1855 foi decisivo para Simonton. Depois de muita reflexão ele desistiu do curso de Direito para pensar seriamente no trabalho missionário. Quatro anos depois, deixa seu país, família, amigos e vem para o Brasil. Tudo em função do seu compromisso com o Reino de Deus. Hoje, muitos são os crentes que mudam de denominação e continuam sem compromisso. A vida se Simonton demonstra que é possível permanecer na mesma denominação e tornar-se um cristão cada vez mais comprometido com Jesus e seu Reino. Precisamos refletir muito sobre o nosso compromisso e nossa disposição de negarmos a nós mesmos, tomarmos nossa cruz e seguir Jesus.
A quaresma é uma boa oportunidade para isso, pois é um tempo de autoexame, de arrependimento, de perdão, de jejum e de oração. Vários documentos do terceiro e quarto século indicam que os cristãos tinham um período de preparação que antecedia a celebração da Páscoa. Era um período de oração, jejum, reflexão e de instrução para aqueles que seriam batizados. Mesmo antes de existir católicos e protestantes a quaresma já era observada. Sendo assim, ela é um patrimônio de todos os cristãos. Cabe a cada um de nós não permitir que a mesma seja exclusividade da igreja romana. Para tanto, devemos usar esse tempo litúrgico pra refletir em nosso compromisso com Jesus e seu Reino.
Portanto, durante esses quarenta dias, vamos acompanhar os passos de Jesus em direção à crucificação e aprender com ele a assumir a cruz do discipulado. Amém!
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz
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