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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ESCOLA DOMINICAL VIRTUAL

“E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 9.35).

Em um domingo à noite, subi ao púlpito para pregar. Anunciei o texto bíblico base para o sermão. Enquanto a congregação folheava as Escrituras, corri os olhos pelo auditório. Deparei-me com um jovem mexendo no celular. Fiquei indignado. Como pode alguém brincar com joguinhos na hora da mensagem? Pensei em chamar-lhe a atenção, mas me contive. Poderia constrangê-lo e deixá-lo na defensiva. Depois do culto fui informado que ele possuía uma Bíblia inteira no celular.
Novos tempos. Na Bienal do Livro, realizada em agosto na cidade de São Paulo, as obras em formato digital dividiam espaço e atenção com os tradicionais livros de papel. Essa tendência também foi constada no natal de 2009, quando a Amazon, maior loja virtual do mundo e criadora de um dos primeiros leitores de livros digitais, o Kindle, vendeu mais livros eletrônicos do que de papel pela primeira vez na história. Até mesmo escritores de peso, como Rubem Fonseca, já vendem seus livros no formato eletrônico.
Alguns afirmam que o livro e as editoras vão desaparecer. Mas quando surgiu o rádio diziam que as conversas em família iriam acabar. Veio a televisão e afirmavam que o rádio e o teatro estavam com seus dias contados. Com a internet a previsão era do surgimento de uma geração isolada. Mas nada disso aconteceu. As conversas familiares, o radio, o cinema não desapareceram. A grande maioria continua vivendo em comunidades e interessada em fazer amizades com pessoas reais. Assim também o livro não vai acabar. Aqueles que são fascinados pelo cheiro do livro, por bibliotecas ou por livrarias vão continuar vivendo sob esse magnetismo.
Como o terceiro domingo do mês de setembro é dedicado a Escola Dominical, creio ser oportuno perguntar se tendência eletrônica chegará (se é que já não chegou) a influenciar essa instituição cristã.  Alguns têm anunciado sua morte. Mas assim como o livro de papel, ela vai continuar existindo. Talvez com outros formatos e horários. Em nossa congregação já tivemos um experiência com adolescentes. Cada um deles, de posse de um logim e uma senha, entravam em um ambiente virtual e encontravam uma lição bíblica, em formato e linguagem apropriados. Havia também perguntas que geravam pontos e um fórum de discussão. O professor ficava sabendo quem acessou a lição e quantas vezes.  Na Escola Dominical eles se reuniam para debater o assunto tratado eletronicamente.
Portanto, devemos ser gratos a Deus pela Escola Dominical. Seja em formato tradicional ou virtual ela é imprescindível para a Igreja dar concretude a missão de ensinar, pregar e restaurar pessoas. Estas continuam com as mesmas necessidades físicas, emocionais e espirituais da era pré-digital.
 
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

Um comentário:

Luciano Zamboni disse...

Irmão Ezequiel, a Paz!
Novos tempos, e novas tendências!
Uma coisa é certa, se nos reunimos com cânticos, Palavra, orações e em nome de Jesus, podemos afirmar que Deus está em nosso meio.

Graça e Paz!