“Irmãos, sede imitadores meus e
observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós”(Fp 3.17)
Agora o maior sucesso recente no Facebook é
um aplicativo que vai direto ao assunto.
Chama-se “Bang With Friend” (BWF), que traduzindo do inglês chulo
significa transar com amigo. Segundo alguns é a mais ousada revolução sexual e
comportamental promovida pela internet. Com o aplicativo o usuário seleciona de
sua lista de amigos com quem gostaria de fazer sexo. Caso o interesse seja
mútuo um e-mail é enviado aos dois que a partir de então marcam o encontro e os
detalhes, sem a intermediação do BWF. Posso antever dois grupos digladiando-se
na arena dos discursos. Um contra e outro a favor.
O grupo contra argumentaria que isso é uma
verdadeira apologia ao sexo fácil e vazio. É a morte do romantismo, do olho no
olho, do nervosismo delicioso, do friozinho na boca do estômago. Os
relacionamentos serão apenas compras virtuais, feitas com comodidade e
segurança. Amor é o que menos interessa. O grupo favorável argumentaria que se
trata de uma evolução comportamental natural. Que não tem nada de mais. Que
cada um deve usar a liberdade como lhe convém. Talvez tenhamos debates na TV
com representantes dos grupos antagônicos. Em alguns lugares do mundo passeatas
contra e a favor. Líderes políticos, religiosos e artistas se posicionando
perante a sociedade. Mas sem nenhum resultado prático.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos Filipenses, especialmente
no capítulo 3, a partir do verso 17, se dirige a dois grupos. Um formado por
cristãos judaizantes, que insistiam na observância da lei, especialmente quanto
a comida e a circuncisão. Outro formado por pessoas que levavam uma vida
desregrada, voltada tão somente para a farra, comilança, luxuria, abusando
grosseiramente da liberdade cristã. Em suas admoestações o apóstolo aponta para
os exageros dos dois grupos.
Também, no texto paulino, encontramos uma
alerta sobre como tem sido nossa vivência cristã. Certas pessoas vivem
irresponsavelmente. Desconhecem, ou fazem de conta desconhecer, os limites de
sua liberdade. Outros vivem verdadeiros traumas emocionais como consequência de
uma educação rígida, severa da qual não conseguem se libertar. Tudo é pecado ou
proibido.
Não sei mais em que sociedade nós estamos
vivendo. Não sei como a Igreja vai se posicionar sobre o uso da internet para
facilitar encontros sexuais. Mas o nosso posicionamento deve ser mediado pelo
fato de Cristo nos libertar para uma vida alegre e grata pela sua autodoação na
cruz. Na ressurreição, Deus concede vida nova ao que creem. Assim o cristão é uma
pessoa guiada pelo Espírito Santo e sabe discernir que atitude é necessária
quanto às novidades do nosso tempo.
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz