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sexta-feira, 28 de junho de 2013

DEMOCRACIA E LIBERDADE

Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. (Gl 5.13)

Enquanto o Brasil jogava contra o Uruguai pela Copa das Confederações, na quarta-feira (26), o Congresso Nacional votava projetos importantes. Em pouco tempo o plenário do Senado Federal aprovou um projeto de lei que transforma a corrupção ativa e passiva em crime hediondo. Aprovou novas regras para a distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados. Na mesma sintonia, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou a proposta que reduz a zero as alíquotas das contribuições sociais para o PIS/Pasep com a finalidade de reduzir o custos do transporte público. Ainda na Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou a proposta de emenda à Constituição que acaba com o voto secreto em processos de cassação de mandato. E os deputados derrubaram, em decisão quase unânime, o Projeto de Emenda Constitucional, conhecido como PEC 37.

Essa atitude inusitada do Congresso se deve a força das manifestações populares que dominaram as ruas de nosso país nos últimos dias. É um direto fundamental nas modernas democracias, a liberdade de expressar e manifestar livremente, opiniões, ideias e pensamentos. No Brasil esse direito é garantido pelo artigo 5º da Constituição de 1988, que no inciso XVI afirma que todos podem reunir-se pacificamente sem armas em locais públicos. Por isso foi emocionante ver o povo tomando as ruas democraticamente, e manifestando o descontentamento com os políticos.

Paulo escrevendo aos Gálatas lembra que Cristo os libertou para viverem em liberdade. Eles não deveriam deixar que a liberdade se tornasse uma desculpa para permitir que as inclinações maldosas da natureza humana os dominassem. Infelizmente, durante os protestos, muitos usaram da liberdade de manifestar para dar vazão a toda forma de violência. Saiam pelas ruas destruindo tudo que viam pela frente, saqueavam lojas, incendiavam veículos e outros atos de vandalismo. Tudo por não saberem utilizar democraticamente a liberdade que possuíam.

Como cristãos temos que usar a liberdade cristã de forma correta e abençoada. Para isso é necessário estar alerta, deixar que o Espírito Santo dirija as nossas vidas de forma a não obedecer aos desejos de nossa natureza humana. Assim podemos sair às ruas e manifestar nossa indignação, lembrando que o nosso protesto e a nossa vida devem produzir atitudes de amor e preocupação com o bem estar e o progresso de toda a sociedade brasileira.

Oremos para que a democracia e a liberdade sejam usadas para beneficio de nosso país.

Soli Deo Gloria

Rev. Ezequiel Luz

sexta-feira, 14 de junho de 2013

TEOLOGIA E VIDA

“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.19-20).

Manhã de quarta-feira, dia 12 de junho. A Avenida Paulista e o centro de São Paulo amanheceram com as marcas do vandalismo da noite terça-feira, dia 11. Manifestantes contra o aumento da tarifa de ônibus entraram em confronto com a polícia. De um lado, gás pimenta, bombas de fumaça, tiros de borracha. Do outro, rojões, pedras, garrafas e o que mais os manifestantes achassem no caminho. Todos são unânimes quanto à legitimidade do movimento, mas não conseguem entender os atos do vandalismo. Porque destruir o patrimônio público? Será que a teologia cristã tem alguma resposta?
O ser humano é inclinado ao mal por natureza, afirma a teologia cristã. Em um dos documentos produzidos sob a influência da teologia reformada e calvinista, o catecismo de Heidelberg, depois de uma pergunta sobre a Lei de Deus, diz: “Você pode cumprir perfeitamente tudo isto” (a Lei)? A resposta a esta pergunta é: “Não. Eu tenho uma tendência natural para odiar a Deus e ao meu próximo”. No dia da manifestação na Avenida Paulista, um motorista resolveu jogar o carro em cima dos manifestantes e atropelou dois deles. Esta atitude é própria do ser humano que foi profundamente corrompido pelo pecado de Adão.
A Igreja de hoje parece ter abandonado a doutrina sobre a total depravação do homem. Os púlpitos não ensinam sobre a destruição que o pecado provocou e a solução que Deus oferece em Cristo Jesus. Os púlpitos só falam em motivação para vencer, para ter sucesso, para a prosperidade. Paulo, diz claramente que teologia não é apenas teoria, mas está atrelada à vida. O apóstolo afirma que o ser humano corrompido pelo pegado foi crucificado com Cristo e, Deus, mediante o Espírito Santo, vivifica esse homem que passa a viver uma nova vida pela fé.
Esse homem que por natureza tem uma inclinação para o mal, que sai destruído tudo ao seu redor, que mata sem piedade, que comete as maiores atrocidades, só tem solução se a Graça de Deus o alcançar e o Espírito Santo der-lhe nova vida. Esta mensagem tem que ser proclamada pela igreja, que deve também orar para que o Espírito de Deus aplique-a ao coração dos ouvintes. Assim teologia não será apenas teoria, mas doutrina e vida.

Soli Deo Gloria

Rev. Ezequiel Luz