Porque vós,
irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar
ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. (Gl 5.13)
Enquanto o Brasil jogava contra o Uruguai
pela Copa das Confederações, na quarta-feira
(26), o Congresso Nacional votava projetos importantes. Em pouco tempo o
plenário do Senado Federal aprovou um projeto de lei que transforma a corrupção
ativa e passiva em crime hediondo. Aprovou novas
regras para a distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados. Na mesma sintonia, o plenário da Câmara dos
Deputados aprovou a proposta que reduz a zero as alíquotas das contribuições
sociais para o PIS/Pasep com a finalidade de reduzir o custos do transporte
público. Ainda na Câmara, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou a
proposta de emenda à Constituição que acaba com o voto secreto em processos
de cassação de mandato. E os deputados derrubaram, em decisão quase unânime,
o Projeto de Emenda Constitucional, conhecido como PEC 37.
Essa atitude inusitada do Congresso se deve a
força das manifestações populares que dominaram as ruas de nosso país nos
últimos dias. É um direto fundamental nas modernas democracias, a liberdade de
expressar e manifestar livremente, opiniões, ideias e pensamentos. No Brasil
esse direito é garantido pelo artigo 5º da Constituição de 1988, que no inciso
XVI afirma que todos podem reunir-se pacificamente sem armas em locais públicos.
Por isso foi emocionante ver o povo tomando as ruas democraticamente, e
manifestando o descontentamento com os políticos.
Paulo escrevendo aos Gálatas lembra que
Cristo os libertou para viverem em liberdade. Eles não deveriam deixar que a
liberdade se tornasse uma desculpa para permitir que as inclinações maldosas da
natureza humana os dominassem. Infelizmente, durante os protestos, muitos
usaram da liberdade de manifestar para dar vazão a toda forma de violência.
Saiam pelas ruas destruindo tudo que viam pela frente, saqueavam lojas,
incendiavam veículos e outros atos de vandalismo. Tudo por não saberem utilizar
democraticamente a liberdade que possuíam.
Como cristãos temos que usar a liberdade
cristã de forma correta e abençoada. Para isso é necessário estar alerta,
deixar que o Espírito Santo dirija as nossas vidas de forma a não obedecer aos
desejos de nossa natureza humana. Assim podemos sair às ruas e manifestar nossa
indignação, lembrando que o nosso protesto e a nossa vida devem produzir
atitudes de amor e preocupação com o bem estar e o progresso de toda a
sociedade brasileira.
Oremos para que a democracia e a liberdade
sejam usadas para beneficio de nosso país.
Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz