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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O EVANGELHO

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”(Rm 1.16)

Ângela Kempfer, articulista do Campo Grande News, conta que indo para o trabalho, ouviu pelo rádio do carro um chamado que a fez mudar de rota. O locutor convocava os ouvintes para a “unção dos celulares”, com a promessa de notícias boas para o resto da vida e recompensas em dinheiro. Então ela se dirigiu para o endereço anunciado e entrou em um templo evangélico. A justificativa bíblica para os efeitos sobre o celular era o texto de Mateus 16.19 que diz: O que ligares na terra sido ligado nos céus. O pastor para convencer os fiéis afirmava: “O celular faz o que? Ligações!” Então desafiava os ouvintes que queriam receber todas as promessas anunciadas a contribuírem com o dízimo. Seria isso evangelho?

Como se sabe, a palavra evangelho vem do grego “euanggelion” que significa boas novas do Reino de Deus. O termo também se refere à mensagem de salvação conquistada para um povo caído por meio da vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo, o Filho de Deus. O povo que recebe a salvação, a Igreja tem a obrigação de proclamar a mensagem do evangelho com toda a fidelidade. Um dos maiores crimes da atual geração cristã é a negligencia para com a mensagem do evangelho. Os temas essenciais, como a justiça de Deus, a depravação total do homem, a expiação pelo sangue de Cristo, a natureza da verdadeira conversão, e outros, desapareceram da maioria dos púlpitos. As igrejas reduziram a mensagem do evangelho a meras promessas de prosperidade e pior, distorcem o texto bíblico para legitimar as promessas.

O resultado desse reducionismo é catastrófico. Primeiro porque endurece ainda mais o coração daqueles, que mesmo frequentando a igreja, possuem uma falsa sensação de que são cristãos e vivem em busca de resposta para seus sonhos consumistas. Segundo porque deforma a igreja. O corpo espiritual de Cristo que deveria ser formado por pessoas regeneradas é transformado em um ajuntamento de pessoas egoístas, interesseiras, que professam conhecer a Deus, mas suas obras o negam. Terceiro porque faz do evangelismo um empreendimento humano e empresarial. E ainda porque promove descrédito ao nome de Deus.

Portanto é hora da igreja acordar. Não é admissível ficar inerte quando o glorioso evangelho de Jesus Cristo é substituído por um falso evangelho. Precisamos recuperar a verdadeira mensagem do evangelho, poder de Deus, e, proclamá-la clara e audaciosamente a todas as pessoas.
Soli Deo Glória

Rev. Ezequiel Luz

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