Depois disso olhei e vi uma multidão tão grande, que ninguém podia contar. Eram de todas as nações, tribos, raças e línguas. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro, vestidos de roupas brancas, e tinham folhas de palmeira nas mãos. (Apocalipse 7:9 NTLH)
Fez muito sucesso entre nós uma música escrita por Jorge Benjor e gravada por Byby do Brasil, cujo refrão diz: “todo dia era dia de índio”. Em uma das estrofes o compositor afirma que “antes que o homem aqui chegasse, as terras brasileiras eram habitadas e amadas por mais de 3 milhões de índios, proprietários felizes da Terra Brasilis”. E continua sua canção dizendo que “agora eles só tem o dia 19 de Abril”.
Você sabe como surgiu esta data? Estudiosos dão conta que em 1940, no México, realizou-se o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Durante o evento, os participantes escolheram 19 de abril como o Dia do Índio. Daí em diante a data passou a ser comemorada em todo o continente americano. Três anos depois (1943), o então presidente Getúlio Vargas assinou o decreto nº. 5.540, determinando que o Brasil, a exemplo dos outros países da América, comemorasse o Dia do Índio em 19 de abril.
Muitas vezes estas datas comemorativas escondem a realidade vivida pelos homenageados. Não é diferente com o dia 19 de abril. Em nosso país existem, mais ou menos, 220 nações indígenas. Cada uma tem seu idioma, sua cultura, seu jeito de ver o mundo. Algumas vivem isoladas, outras em grandes cidades e muitas lutam para preservar suas terras e suas tradições. A maioria dos povos indígenas vive em condições subumanas. A expectativa de vida ao nascer dos indígenas brasileiros é de apenas 48 anos, sendo que na região Amazônia, a expectativa de vida é menor ainda, 42 anos.
Passados 500 anos de convivência, nem sempre pacifica, o índio continua sendo pouco mais do que um mito brasileiro. O Brasil ainda trata seus nativos como mero entrave ao avanço da civilização. Por esta razão, nós que somos cristãos, que cremos que Jesus veio para salvar o homem de todas as tribos, raças e nações, temos que levantar um clamor intercedendo em favor dos povos indígenas. Devemos orar e agir para que eles tenham acesso à saúde, educação, trabalho e também acesso ao evangelho de Jesus Cristo.
E, um dia, segundo a graça de Deus, estaremos juntos com nossos irmãos indígenas, formando a grande multidão, que diante do trono do Cordeiro, dará ao Senhor Jesus toda honra e toda glória, pelos séculos dos séculos. Amém!
Rev. Ezequiel Luz