MEUS PARCEIROS

sexta-feira, 27 de junho de 2008

SEMEANDO O CRESCIMENTO

Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. (At 2.46,47)


Algum tempo atrás a Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), publicou uma nota informando que o pastor Francisco Rodes, diretor do Centro Kairós, escreveu um artigo onde afirma que “o segredo do surpreendente crescimento das igrejas evangélicas em Cuba fundamenta-se nos pequenos grupos que se reúnem nos bairros, nas comunidades rurais ou nas novas urbanizações, e até nas prisões, constituindo as chamadas casas-culto ou células de oração”. Depois de um período de estagnação e descrédito, a igreja cubana experimenta um avivamento genuíno e surpreende porque acontece, principalmente, entre a população mais jovem.

No inicio de sua existência a igreja se reunia no templo e nas casas (At 2.46, 47). Depois da suposta conversão do imperador romano Constantino em 312, a igreja deixou, aos poucos, de usar a estrutura das reuniões caseiras e passou a ocupar somente as catedrais. Mesmo tendo consciência de que é impossível repetir integralmente a experiência neotestamentária, muitas igrejas em todo o mundo, a exemplo de Cuba, estão redescobrindo a estratégia dos lares. No templo acontece a grande celebração e durante a semana a igreja se espalha em pequenos grupos que se reúnem nas casas dos membros.

Muitos autores e igrejas usam nomes diferentes como, “grupos familiares”, “grupo caseiro”, “grupos de comunhão”, “grupos pequenos” e “célula” para se referir a mesma estratégia de pastoreio e crescimento. O termo mais usado hoje é “célula” que designa um grupo de membros da igreja com identidade e ambiente familiar, que proporciona aos seus integrantes, pastoreio e treinamento para a uma prática evangelista.

A IPI do Brasil, reunida em Assembléia Geral no mês de fevereiro de 2001, aprovou o sistema de igreja em células como estratégia de pastoreio e crescimento e não como modelo de governo alternativo ao presbiteriano e estabeleceu algumas orientações para a implantação do modelo. Recentemente foi aprovado o Projeto Semeando que no seu todo expressa o desejo de expansão e crescimento de nossa denominação. Portanto nós não precisamos passar pelas mesmas dificuldades que a igreja de Cuba enfrentou para perceber a importância dos grupos pequenos. Precisamos, sim, de mais pessoas desejosas de glorificar a Deus e comprometidas com a tarefa de semear o crescimento da igreja. Amém!



Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz



quinta-feira, 19 de junho de 2008

POR UM AVIVAMENTO GENUÍNO

“Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, e no meio dos anos faze-a conhecida” ( Hc 3. 2)

Vez por outra ouvimos alguém dizer que a igreja de nossos dias precisa de um avivamento. Ao ouvir esta palavra somos levados a pensar em encontros de poder, línguas estranhas, visões, revelações, curas, clamor e muito barulho. Infelizmente, essa concepção errônea tem levado muitos a se fecharem para um genuíno avivamento. A palavra vem de avivar que significa tornar mais vivo, mais nítido, mais intenso, cobrar ânimo, animar-se. Ela se aplica as situações onde a igreja sofre de letargia, morbidez, indiferença e precisa ser reanimada, revigorada para cumprir a tarefa designada por Deus.

Muitos dos que percebem a falta de ânimo da igreja, também desfilam uma série de sugestões que, segundo eles, vão trazer um novo vigor. Mas, “avivamento é uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito Santo de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma consciência de sua santa presença e é surpreendida por ela" (John Stott). Ou como dizia Simonton: "Avivamento é o sopro de Deus para tirar a poeira que foi acumulada no decurso dos anos sob nossa vida espiritual". Portanto avivamento genuíno é uma ação da livre soberania de Deus que leva o cristão e a Igreja a renovar o compromisso com a Missão de Deus.

Entendo que hoje, há duas tarefas da Igreja que precisam ser revigoradas. Uma é a construção de relacionamentos fortes entre os membros como antídoto para o individualismo e a superficialidade. A outra é alcançar como o evangelho a comunidade onde a Igreja está inserida usando os relacionamentos dos membros. O avivamento genuíno produz um equilíbrio entre essas duas atividades. O Espírito Santo edifica o corpo através de laços fortes de amizade entre os membros e usa esses mesmos laços para atrair outras pessoas e levá-las ao conhecimento de Jesus Cristo.

Amados, se entendemos que a Igreja de nossos dias precisa de relacionamentos saudáveis e disposição para alcançar outros para Jesus, só há uma coisa a fazer: orar por um avivamento genuíno. Vamos com sinceridade clamar: “Aviva, ó Senhor, a igreja, tua obra e a torna conhecida no mundo”. Amém!


Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O ESCUDO DA FÉ

“E levem sempre a fé como escudo, para poderem se proteger de todos os dardos de fogo do Maligno.” (Ef. 6.16 NTLH)


“Coração Valente”, filme estrelado e dirigido por Mel Gibson e baseado em fatos reais foi um grande sucesso do cinema mundial. Conta a história de William Wallace, um escocês, homem de paz, que foi conduzido à guerra quando o rei da Escócia morreu sem deixar herdeiro e o rei da Inglaterra, Edward Longshanks, exigiu o trono para si. Wallace, depois que soldados ingleses mataram sua mulher na noite de núpcias, conduz, então, todo o país na luta por liberdade e contra as crueldades de Longshanks.

Há uma cena no filme que me impressionou muito. Os soldados do rei Edward da Inglaterra estão perfilados prontos para a batalha. Do outro lado as tropas da Escócia em número menor. Wallace faz um discurso emocionante e provoca os ingleses. O rei Edward ordena que os arqueiros ataquem. Uma nuvem de flechas cobre os céus e começa a cair em direção aos escoceses que se agacham e se protegem como os escudos. Pouquíssimos soldados são atingidos.

Esta cena me fez pensar sobre a luta espiritual que nos estamos envolvidos. Lutamos contra “o mau caminho deste mundo”; lutamos contra aquele “que governa os poderes espirituais do espaço”; lutamos contra inimigos internos, as inclinações da “nossa natureza humana” (Ef. 2.1-3). E muitas vezes olhamos para o inimigo de nossas almas e eles nos parecem muito poderosos. Os dardos lançados sobre nós são incontáveis e de diversas naturezas. A língua dos homens, as intrigas, o egoísmo, a dúvida, a desconfiança, o medo, a incompreensão, o desapontamento, a impureza, a desonestidade e tantos outros. A sensação é a de que não vamos resistir. Então, somos levados para a Bíblia e ouvimos o discurso inflamado de Deus nos animando e nos fortalecendo. Quando as setas dos nossos inimigos se aproximam nos escondemos atrás do escudo da fé. Os dardos não conseguem atingir o nosso coração nem a nossa mente. A fé na Palavra de Deus nos garante a verdadeira proteção no dia mau. Portanto vamos embraçar sempre o escudo da fé para garantir nossa liberdade. Amém!


Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz

domingo, 8 de junho de 2008

SUCESSO OU VITÓRIA

“Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” (Rm 8:37)

Quantas vezes você já ouviu as palavras sucesso e vitória serem pronunciadas no mesmo contexto? Alguns afirmam que estamos envolvidos em uma batalha espiritual e nos dizem o que é necessário para se ter sucesso ou vitória nessa batalha. Afirmam que formos criados para ter sucesso e ser um vencedor. Nas conversas, na música, nos cânticos, nos estudos bíblicos, nos sermões essas duas palavras muitas vezes são ditas como se fossem sinônimos.

Um pai de família, ganhando salário mínimo, precisando que sua esposa lave roupa para fora para ajudar nas despesas não é alguém de sucesso. Mas se com toda dificuldade ele consegue manter a família unida, integrada, e possibilita aos filhos uma boa educação, esse homem é um vitorioso. Uma igreja pode ter muitos membros, muitos ministérios, muitos eventos, muito sucesso na cidade e não ser vitoriosa por não viver na dependência de Deus para realizar a vontade dele. Portanto sucesso é forma como o mundo mede o nosso desempenho. E vitória e o forma como encaramos a vida e superamos as dificuldades contando sempre com a graça de Deus. A marca do sucesso é o êxito. A marca da vitória é a dependência total da graça de Deus.

Talvez seja por esta razão que Deus não se deixa impressionar por números, equipamentos, capacidades, estruturas. Ele nunca ficou encantado com personalidade, prestígio, popularidade ou sucesso. O homem vê o externo Deus vê o coração. Quando uma pessoa sente que nada tem, nada vale, e nada pode fazer sem a assistência divina, só então estará qualificada para entrar nas fileiras dos vitoriosos em Cristo.

Para viver em vitória você não pode fazer de Deus um meio para a realização dos seus sonhos e propósitos, por mais nobres que eles sejam. Deus não é um meio, é a razão de toda a existência humana. “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos”. Temos também que evitar a tentação de impressionar Deus com nossas obras. Não é o que fazemos que importa para Deus e sim o que somos. Se reconhecermos nossa condição de pecador, que nossos atos são como trapo de imundícia e que tudo que temos ou fazemos é mediante a graça de Deus, então somos mais que vencedores. Para o mundo podemos não ter sucesso, mas para Deus somos vitoriosos.

Deus não está preocupado com o sucesso. Há uma coisa que Deus espera de nós, como afirma Manning, no livro O Evangelho Maltrapilho, “que sejamos homens e mulheres de oração, gente que viva perto de Deus, gente para quem Deus seja tudo e para quem Deus seja suficiente”. Andar com Deus é a condição para ser mais do que vencedor. Amém!


Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz