Segundo notícia veiculada pelo telejornalismo da Rede Globo, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que no Brasil há mais mulheres que homens. A proporção é de 95 homens para cada 100 mulheres. Mas não era pra ser assim, visto que nas maternidades nascem 5% mais de meninos do que meninas. Então porque existem mais mulheres?
A pesquisa do IBGE aponta também para algumas explicações. Uma delas é que as mulheres são mais resistentes às doenças e, portanto, vivem mais. Outro motivo, e talvez o principal, é que a maioria dos homens são as maiores vítimas da violência, sobretudo na juventude. Os jovens do sexo masculino estão quatro vezes mais expostos a situações violentas no trânsito, no envolvimento com drogas ou em homicídios. Pesquisadores afirmam que em cada dez homicídios no Brasil nove são de homens.
Diante de um quadro assustador como esse há quem não fique indignado, inclusive a Igreja Cristã. O fenômeno da violência entre os jovens já é muito conhecido, mas com certeza nunca foi tão explícito como nos últimos anos. As causas também são conhecidas: ausência de religiosidade, impunidade, emocionalismo, materialismo, miséria e educação precária. Todas originadas no pecado. Em todos os estudos sobre violência urbana se constata que a maioria das vítimas é formada por jovens pobres, solteiros, sem religião e que cresceram longe do pai.
Não é mais possível aceitar a passividade da Igreja diante das injustiças, das desigualdades, da miséria e do descaso com a educação. Temos nesta pesquisa do IBGE dados importantes para definir a atuação da Igreja em nossos dias. Ela deve atuar profeticamente, denunciado todas as formas de pecado que geram a violência. Deve apoiar à família, especialmente aquelas menos favorecidas. Deve proporcionar ao jovem um ambiente que o leve a adorar a Deus, mas ter os pés no chão. Os jovens precisam de estímulos para estudar, trabalhar e desenvolver valores como o amor, perdão, respeito aos outros e a vida.
Se a igreja não mudar sua postura passiva, ela será conivente com a violência que dizima os homens agora, e, será também responsável pela solidão das mulheres quarenta anos mais tarde.
Soli Deo Gloria!
Rev. Ezequiel Luz