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domingo, 9 de dezembro de 2018

PREPARANDO O CAMINHO


“Vós do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Lc 3.4b).
Estamos em pleno Advento. As cidades se enfeitam. O comércio se prepara para as vendas. As casas se abastecem para as ceias. As igrejas se iluminam para o culto de Natal. Tudo isto emoldura esta época do ano, mas precisamos também olhar atentamente para João Batista. Não é possível passar pelo Advento sem refletir sobre este personagem e sua mensagem.

João Batista é uma figura exótica e desafiadora. Seu nascimento e ministério foram anunciados pelos profetas (Is 40.3-5 e Ml 3.1-4). O pai é o sacerdote Zacarias. Durante o exercício do seu ministério no templo, um anjo revela que sua mulher Isabel dará a luz um filho cujo nome será João. Já adulto, vive no deserto trajando uma roupa feita de pêlos de camelo e um cinto de couro. A alimentação era de gafanhotos e mel do mato. Andava pelo deserto pregando a urgência do arrependimento. Ele era a voz que clamava do deserto. Profecias indicavam ser ele o precursor do Messias, o mensageiro que prepararia o caminho para a chegada de Jesus.

Duas coisas me chamam a atenção quando penso em João Batista. Primeiro é sua pregação incisiva, direta, sem rodeios. Ele não se preocupava em agradar seus ouvintes. Sua mensagem era uma convocação para uma mudança radical nas atitudes e comportamentos. Aponta para a necessidade de arrependimento para a remissão dos pecados. Somente assim seria possível andar com Deus. Segundo é sua coragem. Desprendeu-se de tudo que pudesse significar segurança e conforto. Correu o risco para servir com fidelidade o seu Deus. Terminou seu ministério sendo preso, condenado e decapitado.

Hoje a Igreja tem dificuldade com pregadores como João Batista. Preferimos os mensageiros de bênção, libertação, cura e prosperidade sem a necessidade de arrependimento e mudança de vida. Mesmo admirando pessoas corajosas e humildes como João Batista, falta-nos ousadia em seguir os seus passos, em imitar o seu exemplo. O testemunho da Igreja de hoje é acanhado para não dizer covarde. Mas, precisamos ter esperança, pois aquele que começou boa obra em nós a de completá-la até o Dia de Cristo Jesus (Fp 1.3-6).

Portanto, hoje, segundo domingo de Advento temos a oportunidade de confessar nossas falhas e pecados e pedir perdão a Deus. Os frutos do nosso arrependimento serão percebidos na relação fraterna com o nosso próximo. Também serão percebidos no testemunho corajoso e profético da Igreja quando esta denunciar os desvios da sociedade em relação aos princípios e valores do Reino de Deus.  Agindo assim a Igreja estará preparando o caminho para a volta do Messias. Amém!

Soli Deo Gloria
Rev. Ezequiel Luz

2 comentários:

maranatha disse...

"Precisamos ter esperança, pois aquele que começou boa obra em nós a de completá-la até o Dia de Cristo Jesus (Fp 1.3-6)."...Esperando N'Ele, porque este ano, com advento das eleições,presenciamos muitos "crentes" com atitudes opostas ao evangelho de Cristo. Não me eximo também de falhar, porém, há fatos e acontecimentos que são tão visíveis que é impossível se enganar.
Mas, como o senhor mesmo disse pastor Ezequiel, se confessarmos nossos pecados à Deus e arrependermos, ainda há tempo para Igreja se preparar para o dia do SENHOR! Assim seja!

ClikLuz disse...

Obrigado pelo seu comentário. Concordo com você. A igreja precisa ser arrepender do abraço ideológico às correntes políticas contrárias ao Reino de Deus.