MEUS PARCEIROS

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O ENGANO DO MARKETING PESSOAL

“Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração” (1Sm 16.7).


A sociedade em que vivemos é marcada por elevados padrões de competitividade. Por esta razão o marketing pessoal é visto por muitos como uma ferramenta eficiente para fazer com que os aspectos visuais, atitudes, pensamentos e outros, aparentemente secundários, trabalhem a favor do sucesso do homem moderno. É impressionante a preocupação com a imagem que pessoas da nossa sociedade possuem nos dias de hoje. Isto explica o crescimento de cirurgias estéticas, de clínicas de embelezamento, de academias de ginásticas.

O texto bíblico de hoje faz parte da narrativa de Samuel sobre uma transição política na história do povo de Israel. Deus havia rejeitado o rei Saul, mas Samuel prefere a continuidade. Deus o exorta e o envia para que, dentre os filhos da casa de Jessé, escolhesse o substituto de Saul. Samuel obedeceu. Quando Eliabe, filho mais velho de Jessé, lhe foi apresentado ele ficou impressionado. Eliabe tinha todos os requisitos exigidos pelo marketing de um candidato a rei da época. Mas Deus diz a Samuel: “Não se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu vejo o coração”. Os outros filhos de Jessé foram apresentados um a um sem que Deus manifestasse sua escolha. Até que por último trouxeram Davi, que não tinha o perfil apropriado para um rei. Mas Deus disse a Samuel: “É este mesmo. Unge-o”. Samuel pegou o azeite e ungiu Davi na frente dos seus irmãos.

Costumamos dizer que as aparências enganam. Mas constantemente nos deixamos levar pelo externo, pela superfície. Mas Deus, ao contrário, olha o coração, o nosso interior. Nosso marketing pessoal jamais irá impressionar a Deus. Mas um coração quebrantado e contrito Deus não despreza (Sl 51.17). O engano do marketing pessoal reside no fato de não considerar um Deus que valoriza o interior do ser humano mais do que sua imagem externa.

Pensemos muito antes de julgar pela aparência, pelo marketing pessoal. Não somos aceitos por Deus pelas nossas qualidades pessoais, mas sim mediante a sua maravilhosa graça e misericórdia. Aleluia!


Rev. Ezequiel Luz

sábado, 23 de fevereiro de 2008

DIA NACIONAL DE MISSÕES

E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.(Mateus 24:14)


Dia da criança, dia do médico, dia da árvore, dia da ação social, dia......Você já reparou que há dia para quase tudo? Será que é uma forma de homenagem ou uma advertência? Creio que está mais para advertência. O dia comemorativo revela que uma determinada fase da vida humana, uma profissão, um elemento da natureza ou algum serviço de promoção do ser humano precisam ser valorizados.

Na Igreja Presbiteriana Independente temos também os nossos dias comemorativos. No dia 28 de fevereiro comemora-se o “Dia Nacional de Missões”. Foi nesse dia que, em 1856, nasceu o Rev. Caetano Nogueira Junior, conhecido como “o pioneiro da evangelização do sertão do Brasil”. Em função dessa data comemorativa, durante e o mês de março vamos participar da campanha que visa levantar uma oferta especial para o trabalho missionário em Rio Branco, Acre e também a refletir sobre a prática missionária da Igreja.

Jesus fez uma afirmação profética (Mt 24:14), dizendo que o evangelho seria pregado em todo o mundo. Esta afirmação não foi fundamentada na capacidade do homem de entender a vontade de Deus. Também não foi baseada na disposição de se obedecer a ordem de ir e pregar o evangelho a toda criatura. Mas foi firmada no projeto pentecostes (At 2). A igreja recebeu do Senhor o mandato de pregar o evangelho a toda criatura. Recebeu o poder do Espírito Santo para realizar a tarefa. Com base neste fato que Jesus demonstra sua fé na realização da missão da Igreja.

Portanto, temos também que crer que a tarefa é possível. Confiados no Senhor, no poder e capacitação do Espírito Santo e seguindo o exemplo de servos de Deu do passado, como do Rev. Caetano, vamos trabalhar para semear o evangelho de Jesus em Dourados, no Mato Grosso do Sul, no Acre, no Brasil, na América do Sul e no mundo. Só então a igreja irá desfrutar de todos os benefícios e privilégios da eternidade.

Rev. Ezequiel Luz

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Ações simultâneas na Justiça preocupam jornais e jornalistas

SÂO PAULO, Brasil, Fevereiro 21, 2008

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudiaram, em nota à imprensa, a “ação orquestrada” de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) contra jornais e jornalistas contestando matérias publicadas. A ANJ pede a reforma da Lei de Imprensa.

Até agora, informa a repórter Priscyla Costa, do sítio Consultor Jurídico, são 96 processos de fiéis da Universal, impetrados em Juizados Especiais em dezenas de cidades do interior do país, o que dificulta a defesa dos acusados.

Causas idênticas, com praticamente o mesmo texto argumentativo e citações bíblicas, foram ajuizadas em 47 cidades pequenas como Santa Luzia e Cajazeiras, no Estado de Pernambuco, Bom Jesus da Lapa e Canavieiras, no Estado da Bahia, Alegre e Barra de São Francisco, no Estado do Espírito Santo, Bataguassu, no Estado do Mato Grosso do Sul, Jaguarão, no Estado do Rio Grande do Sul. Segundo o jornal Valor Econômico, ocupar a Justiça em 19 Estados, em municípios remotos, tem uma clara intenção: impedir que os acusados possam se defender. Uma das audiências, aponta Priscyla Costa, aconteceu numa cidade do Estado do Amazonas, que fica a 300 quilômetros de distância da capital, Manaus, e que só é alcançável por barco. A viagem leva, no mínimo, dez horas.

Nos processos movidos contra a Folha de São Paulo, fiéis argumentam que a autora da reportagem “Universal chega aos 30 anos com império empresarial”, a jornalista Elvira Lobato, com 35 anos de profissão, “insinuou” que os membros da igreja são pessoas não-idôneas e que o dízimo que eles pagam é produto do crime. Sustentam, ainda, que são alvo de chacota e gozações por parte de terceiros, tipo “você é trouxa de dar dinheiro para essa igreja”.

Na reportagem, a repórter Elvira Lobato relatou que uma das empresas da IURD, a Unimetro, ligada à Cableinvest, está registrada no paraíso fiscal da ilha de Jersey, no Canal da Mancha. “O elo aparece nos registros da empresa na Junta Comercial de São Paulo. Uma hipótese é que os dízimos dos fiéis sejam esquentados em paraísos fiscais”, escreveu a jornalista da Folha.
“Eu nunca desrespeitei os fiéis, nunca falei que o dinheiro deles é sujo”, disse a repórter ao Portal Imprensa. “Não sou inimiga da igreja. Meu trabalho é informar”, acrescentou. Os fiéis ingressaram em Juizados Especiais, nos quais o acusado, como pessoa física, tem que estar presente. “Isso seria inviável, porque, em alguns casos, tem duas audiências no mesmo dia em lugares completamente diferentes”, explicou Elvira.

Cinco pastores da Universal ingressaram na Justiça contra o jornal Extra, do Rio de Janeiro, e o seu diretor de redação, Bruno Thys, sob a alegação de que se sentiram ofendidos com a divulgação da notícia da prisão de um fiel da igreja por ter danificado imagem de madeira de São Benedito numa igreja em Salvador, Bahia. Marcos Vinícius Catarino foi detido pela polícia e liberado no mesmo dia.

O jornal A Tarde, de Salvador, publicou reportagem sobre o episódio, assinada pelo repórter Valmar Hupsel Filho, que está sendo ajuizado, ele e o jornal, em 35 ações, nenhuma delas em Salvador. As causas contra o jornal Extra foram apresentadas nas cidades de Barra Mansa, Campos, Miracema, Bom Jesus de Itabapoana e Santo Antônio de Pádua, no Rio.
Do total de 96 ações, contabilizadas até agora, apenas duas não entraram em Juizados Especiais, também conhecidos como Juizado de Pequenas Causas. Dois juizes condenaram fiéis, autores de ações, por má-fé. “O Judiciário não pode admitir que seja usado, por quem quer que seja, para atingir objetivo ilegal, devendo repelir com veemência tais práticas”, sentenciou a juíza Zenair Ferreira Bueno Vasques Arantes, da Comarca de Xapuri, no Acre.

No caso de Xapuri, o fiel Maurício Muxió dos Santos foi condenado a pagar as custas processuais e honorários advocatícios, no valor de 1,2 mil reais (cerca de 700 dólares), além de multa de 1% sobre o valor da causa por má-fé. Pelas mesmas razões, o juiz Alessandro Leite Pereira, de Bataguaçu, no Mato Grosso do Sul, condenou o fiel Carlos Alberto Lima a pagar 800 reais (cerca de 465 dólares).

O juiz Edinaldo Muniz dos Santos, da Comarca de Epitacolândia, no Acre, extinguiu o processo contra o jornal perpetrado pelo fiel Edson Duarte Silva, que pedia indenização. O juiz entendeu que há um “assédio judicial”, “uma atuação judicial massificada e difusa da Igreja Universal contra o jornal”. Em nenhum dos casos os fiéis acima tiveram seus nomes mencionados nas matérias jornalísticas.

As ações movidas por fiéis têm “o claro propósito de intimidar o livre exercício do jornalismo”, destaca a nota da ANJ. “Na medida em que criam essas dificuldades, os autores das ações e seus mentores, a rigor, pretendem induzir jornais e jornalistas a silenciarem informações a respeito da Universal. É uma iniciativa capciosamente grosseira e que afronta o Poder Judiciário, já que pretende usá-lo com interesses não declarados”, agrega a ANJ.

A Associação denuncia uma “ação orquestrada, que usa fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus contra os valores da liberdade em nosso país, se baseia na intolerância e indica a preocupante pretensão de impor um pensamento único, incompatível com a vivência democrática”.

Também em nota, a IURD assegura que já ingressou com suas ações judiciais e “não tem qualquer interesse de orquestrar e incentivar processos individuais por parte de seus fiéis”. Mas informa que fiéis de todas as partes do país estão procurando a Igreja para manifestar repúdio em relação a notícias classificadas de lamentáveis, de modo especial as que se referem à origem e destinação dos dízimos.

“A imprensa deve atuar com responsabilidade e não pré-julgar, manipular ou condenar precipitadamente”, ensina a nota da IURD, que entende como “inaceitável que, no uso de suas prerrogativas, a mídia utilize denominações ofensivas e preconceituosas como seita, bando e facção em referência à IURD”.

Indagado a respeito das ações de fiéis da IURD contra jornais e jornalistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita ao gasoduto de Cabiúnas, na região metropolitana de Vitória, disse, na terça-feira, que liberdade de imprensa pressupõe uma mistura de liberdade e responsabilidade. “As pessoas escrevem o que querem, depois ouvem o que não querem”, afirmou.

Em editorial na edição de terça-feira, a Folha de São Paulo criticou a Igreja Universal por orquestrar a mobilização de fiéis contra jornais, “inspirando-se mais nos interesses econômicos do seu líder do que no direito legítimo dos fiéis a serem respeitados em suas crenças”.

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) entrou com ação no Supremo Tribunal Federal pedindo a suspensão de todas as ações judiciais do país que tenham como base algum dos 77 artigos da Lei de Imprensa. Pelo menos 50 das 56 ações movidas contra a Folha e a jornalista Elvira Lobato tem base na Lei de Imprensa para o pedido de indenização.

© Agencia Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)Uma iniciativa do Conselho Latino-Americano de Igrejas, Luteranos Unidos em Comunicação,Associação Mundial para a Comunicação Cristã-América Latina,Conselho de Igrejas Evangélicas Metodistas da América Latina e do Caribee AIPRAL - Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina

sábado, 16 de fevereiro de 2008

RECEBA SEM TRABALHAR

“Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida. Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça”. (Rm 4.4,5)


Como seria bom se pudéssemos receber sem trabalhar. Mas isso é praticamente impossível. É bem verdade que existem alguns funcionários que tem, em sua conta bancaria, um depósito mensal denominado “provento”. Não trabalham, mas recebem. Estamos falando do conhecido personagem da administração pública brasileira, o “funcionário fantasma”. No entanto a maioria dos mortais tem que trabalhar muito para fazer jus ao seu salário. Precisam se esforçar bastante para conseguir realizar seus sonhos.

No relacionamento com Deus acontece algo semelhante. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, deixa claro que o salário que o trabalhador recebe não é presente, mas é um direito por causa do trabalho que realizou. Mas a pessoa que crê é aceita por Deus não porque tem algum direito, mas por causa da fé. A fé faz com que Deus a trate como se não tivesse cometido pecado. Como se fosse uma pessoa inocente.


Nós herdemos de Adão a condição de pecador, a culpa e a vocação para o pecado. Muitos trabalham arduamente para se livrar desta condição. Cumprem com deveres religiosos que não tem a menor condição de salvá-las. Mas o que a Bíblia ensina é que Deus trabalha de graça para nossa salvação. Pode-se perceber esta intenção no fato de Jesus Cristo ter se oferecido voluntariamente para morrer em nosso lugar. O sacrifício de Cristo isenta os pecadores de pagar pessoalmente pelas suas transgressões. “O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23). A salvação, a vida eterna nos é oferecida gratuitamente. Recebemos pela fé, sem trabalhar, sem merecer.


Caro leitor Deus ama você. Ele trabalha de graça para ter você como filho. Aceite pela fé a oferta que Deus faz a você. Receba o titulo de filho de Deus sem trabalhar para isso. Amém!


Rev. Ezequiel Luz

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

DEPOIS DO CARNAVAL

Portanto, assim como um só pecado condenou todos os seres humanos, assim também um só ato de salvação liberta todos e lhes dá vida. (Rm 5.18)


Alguns anos atrás, uma música que dizia “depois do carnaval eu vou criar juízo”, fez muito sucesso. Parece-me que boa parte dos brasileiros age de acordo com este lema. O preparo para o carnaval inclui a eliminação de qualquer freio moral. O objetivo é perder o juízo durante os dias de festa e de folia, para depois tentar recuperá-lo.

A palavra carnaval, etimologicamente, veio do latim “carne levare”, que significa abstenção da carne. Alguns aceitam a etimologia que se baseia em outro sentido do verbo “levare”, que é consolar, confortar. Desta forma, “carne levare” ou “carnevale”, seria consolo, conforto da carne (corpo) precedendo a austeridade da Quaresma. Na prática, o que se observa é que os folguedos do carnaval são usados para dar vazão aos instintos carnais, como forma de compensar a abstinência que o período da Quaresma impõe. Rompe-se com todos os princípios morais e éticos para depois, na quarta-feira de cinzas, se arrepender e procurar criar juízo. Tal arrependimento é fingimento, pois não gera nenhuma mudança no comportamento do arrependido.

A quarta-feira de cinzas marca o início da Quaresma. Esta palavra vem do latim quadragésima. É utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa máxima do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo comemorada no domingo de Páscoa. Há mais de 1200 anos, antes de existirem católicos romanos ou protestantes, a Quaresma já era observada pelos cristãos. Este período era usado como preparação para a Páscoa. Tal preparação se dava através da reflexão, da oração, do jejum e da pratica da misericórdia.

Portanto, como igreja de Jesus Cristo, temos que, profeticamente, denunciar os abusos cometidos no carnaval e o falso arrependimento da quarta-feira de cinzas. Mas também utilizar a Quaresma para proclamar os propósitos de Deus para o homem. O ato de salvação em Cristo liberta da tirania do pecado todos os que crêem. Somente em Jesus pode-se de fato criar juízo. Na quaresma somos convidados a seguir os passos de Jesus, nosso Senhor e Salvador.

Que Deus capacite a igreja a cumprir sua tarefa antes, durante, depois do carnaval e principalmente durante a Quaresma. Amém!


Rev. Ezequiel Luz